Lisboa - A época balnear começou domingo (01) em Cascais, na região metropolitana de Lisboa. Até 15 de junho todas as praias vigiadas estarão "abertas", com 4.100 nadadores salvadores, espaços que devem ser preferidos aos 350 quilómetros sem vigilância, aconselha o Instituto de Socorros a Náufragos.

"A época balnear começa por regiões, isto é, a primeira região do país a começar a época balnear foi Cascais" e, a partir de agora, "progressivamente até dia 15 de junho, vão abrir o resto das praias a nível nacional, havendo a abertura da maioria a 01 de junho", disse o presidente do Instituto, Nuno Leitão, citado pela Agência Lusa.

"A nível nacional, temos cerca de 1.250 unidades balneares de jurisdição marítima, o que corresponde a uma exigência de nadadores salvadores na ordem de 4.100", em plena época balnear, relatou.

O presidente do Instituto disse que Portugal tem "cerca de 250 quilómetros de praias vigiadas e uma extensão de praia não vigiada de cerca de 350 quilómetros".

A data de abertura da época balnear em cada concelho é proposta pela respetiva autarquia consoante as condições meteorológicas da região e depois publicada em portaria conjunta, dos ministérios do Ambiente e da Defesa, o que, referiu Nuno leitão, "deverá ocorrer eventualmente esta semana".

"Compete às autarquias, junto da Agência Portuguesa do Ambiente, proporem os períodos de época balnear, no final de cada ano, para [definição de] toda a parte de monitorização de qualidade das águas, articulação com os concessionários e com as infraestruturas camarárias [de modo a que] possam abrir nessa altura específica", resumiu o responsável.

Assim, as praias do sul do país abrem a época balnear mais cedo, como Cascais que marcou o início hoje, ou Albufeira que marcou para 15 de maio a abertura oficial, mas a norte fica agendada para mais tarde.

"A maioria das praias a norte da Ericeira vão abrir a partir de 15 de junho, data a partir da qual todas as praias [vigiadas] a nível nacional ficam com obrigatoriedade" de ter os nadadores salvadores para garantirem a assistência balnear aos banhistas que frequentam esses espaços, explicou o presidente do Instituto de Socorros a Náufragos.

Nas regiões autónomas, a maior parte das praias abrem a época balnear a 01 de junho.

Um dos conselhos repetidos pelo Instituto de Socorros a Náufragos é que os banhistas devem escolher praias vigiadas, que garantem assistência por pessoal qualificado e indicações sobre o estado do mar e os perigos que representa.

Visando reduzir o risco para aqueles que preferem frequentar praias não vigiadas, a Autoridade Marítima Nacional tem projetos com entidades privadas e reforça a vigilância nesses 350 quilómetros e vai desenvolver campanhas de sensibilização, além de dar formação aos surfistas para "serem uma mais-valia no que respeita a salvamentos".

No ano passado, salientou o responsável, em áreas não vigiadas, foram efetuados cerca de 80 salvamentos por surfistas que estavam na praia e "foram o único apoio que os banhistas tiveram ao frequentar áreas não vigiadas".

Luanda - O ministro dos Transportes de Angola, Augusto Tomás, afirmou hoje que o último avião Boeing 777-300 ER de uma encomenda de três deverá chegar ao país ainda este ano, mas ainda é necessário fechar o financiamento.

Augusto Tomás falava aos jornalistas no aeroporto internacional 04 de Fevereiro, em Luanda, à chegada do segundo avião da companhia aérea pública, proveniente da fábrica do construtor norte-americano.

"A próxima aeronave está praticamente pronta. Ultimam-se os aspetos ligados ao financiamento da mesma e este ano ainda a oitava aeronave [da frota] deverá chegar a Angola", explicou Augusto Tomás, citado pela agência Lusa.

Estas aeronaves têm capacidade para transportar 225 passageiros em classe económica, 56 em executiva e 12 em primeira classe, possibilitando o acesso a telemóvel e internet a bordo.

O contrato para a aquisição das três aeronaves foi assinado entre a TAAG e a Boeing a 27 de março de 2012, tendo a primeira destas entrado ao serviço em 2014.

O novo avião que hoje chegou hoje a Luanda está avaliado em quase 170 milhões de euros e foi batizado com o nome Iona, numa alusão ao parque nacional no deserto do Namibe, no sul de Angola.

Para Augusto Tomás, este novo Boeing 777-300 ER vai permitir a "médio e longo prazo, alargar horizontes" da TAAG e, tendo em conta as reformas em curso na companhia de bandeira, torná-la "líder na região".

Desde o final de 2015 que a TAAG passou a ser gerida, por acordo com o Estado angolano, pelos árabes da Emirates.

"O programa de gestão e controlo que foi assinado com a Emirates está a ser executado com muito profissionalismo, estamos satisfeitos com os resultados alcançados até ao momento. Nos primeiros seis meses, o balanço é altamente positivo", afirmou o ministro angolano.

A Lusa noticiou a 06 de abril que o banco britânico HSBC garantiu um empréstimo para permitir a entrega atempada deste Boeing 777-300ER.

A informação consta de um despacho presidencial autorizando o acordo de financiamento intercalar de 192 milhões de dólares (168 milhões de euros) entre o Estado angolano e um sindicato de bancos liderado pelo HSBC, para o pagamento da aquisição daquele avião.

O mesmo despacho estabelece que este financiamento estatal - cujas condições não são conhecidas - deverá posteriormente ser liquidado pelos "recursos financeiros a serem futuramente concedidos pelo Ex-Im Bank [agência oficial do governo dos Estados Unidos para financiar as exportações] a favor da TAAG".

A transportadora aérea angolana anunciou em fevereiro que dois novos Boeing 777-300ER deveriam chegar a Angola em março e abril, para reforçar as ligações de Luanda a Lisboa, na altura já com um atraso de cerca de três meses face ao previsto inicialmente.

A TAAG, empresa pública, foi autorizada a contrair um empréstimo de 261,6 milhões de dólares (230 milhões de euros) para adquirir dois aviões Boeing 777-300ER, de uma encomenda de três.

A administração da TAAG disse anteriormente que o investimento nesta encomenda visa "consolidar os destinos atuais", face a "algumas irregularidades no cumprimento de horário" e outras dificuldades logísticas, podendo depois avançar com novas alternativas de destinos.

A companhia assegura voos internacionais e rotas nacionais com recurso a cinco aviões Boeing 737 e seis 777, estes para operar rotas internacionais também para Lisboa e Porto, além do Brasil e Cuba, entre outros destinos.

Luanda - O desenvolvimento do turismo em Angola pode contribuir para a diversificação da economia, com o fomento de pacotes atribuídos às companhias aéreas, disse, quinta-feira (28), em Luanda, o delegado da Brussels Airlines, Pierre Declerck.

Em entrevista à Angop, Pierre Declerck defendeu que os ministérios do Interior e da Hotelaria e Turismo deviam trabalhar em equipa na preparação de pacotes turísticos e na melhoria das políticas de obtenção de vistos.

"É uma medida urgente, porque o turismo ajuda muito na diversificação da economia e temos exemplo do Quénia, Etiópia e de outros países africanos que fornecem vistos de turista à chegada, nos aeroportos", revelou.

Segundo Pierre Declerck, há muita gente interessada em conhecer as lagoas da Funda (Cacuaco-Luanda), a serra da Leba (Huíla), o Parque do Iona (Namibe) e outros locais culturais e de interesse histórico de Angola, mas encontram muitos entraves na obtenção dos vistos, devido às exigências e requisitos solicitados, que fazem do processo algo moroso e muito burocrático.

Considerou que, em função da crise económica mundial, os países devem ser criativos e ter iniciativas, no sentido de encontrarem saídas no turismo ou em outras áreas, como a Pesca desportiva, para elevar os seus rendimentos económicos e as receitas do seu Produto Interno Bruto (PIB).

Adiantou que a transportadora que dirige pode apoiar no processo, publicando na sua revista de bordo as potencialidades turísticas de Angola, suas reservas e recursos naturais.

"Nesse sentido, fizemos já contactos com a Federação de Pesca Desportiva, para que possa actuar no turismo de pesca e mar, uma vez que Angola é campeã mundial da modalidade", feito conquistado, em 2015, no Mundial do Lobito (Benguela), tendo adiantado que esta é uma aérea de interesse para os europeus.

Para Pierre Declerck, o projecto poderá ser executado em parceria com a TAAG, o que alavancaria também os rendimentos da companhia angolana de bandeira, já que as duas transportadoras têm um código de partilha "code-share" da rota Luanda/Bruxelas e vice-versa.

Há cerca de 14 anos que a Brussels Airlines opera para Angola, com três frequências semanais (terças, quintas e domingos) na referida rota, tendo substituído a "Sabena" em Fevereiro de 2002.