Praia - Um estudo publicado pelo Mail & Guardian sobre as boas sociedades africanas, coloca Cabo Verde como o segundo melhor país em África para se viver.

Na pesquisa, intitulada The Good African Society Index, a Tunísia ocupa o primeiro lugar, mas Cabo Verde obtém as maiores pontuações a nível do continente no quesito da segurança, integridade e justiça.

Cabo Verde surge também com indicadores acima da média em todos os componentes do barómetro, como desempenho económico, democracia, liberdade e governação, bem-estar infantil, meio ambiente e infraestrutura (emissões de CO2), segurança (taxa de homicídios), saúde e os sistemas de saúde; integridade e justiça (níveis de corrupção), educação e coesão social e sustentabilidade social.

Os países com melhores pontuações do índice africano geralmente têm maior rendimento nacional bruto per capita, ou seja, as nações mais ricas tendem a classificar-se melhor no Índice da Boa Sociedade Africana.

No entanto, isto não é regra porque, por exemplo, tanto a Tunísia como Cabo Verde, que lideram o índice africano, têm um PIB per capita relativamente baixo, quando comparado com outros países, como a África do Sul e o Gabão, que têm um maior PIB per capita, mas têm pontuações muito inferiores aos primeiros classificados.

O Ghana (7º lugar) lidera o ranking a nível do desempenho económico, a África do Sul (9º) tem melhor performance na democracia, liberdade e governação e o Egipto (4º) lidera nos sistemas de saúde.

Na outra extremidade do índice, o Tchad figura como o país mais baixo do ranking, sendo o pior no bem-estar infantil e com nota negativa na educação e coesão social e medidas de sustentabilidade social.

O The Good African Society Index abrange somente 45 países africanos, uma vez que países como a Eritreia, Guiné Equatorial, Líbia, Maurícias, São Tomé e Príncipe, Seicheles, Somália, Sudão e Sudão do Sul, não estão incluídos devido à indisponibilidade de dados.