Praia - A entrada de turistas nos estabelecimentos hoteleiros em Cabo Verde aumentou 17,2% no primeiro trimestre de 2016, face ao período homólogo de 2015, revelam dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

As estatísticas indicam que no primeiro semestre de 2016 entraram nos hotéis de Cabo Verde 190.653 turistas, mais 28.049 turistas face ao período homólogo de 2015.

As dormidas nos estabelecimentos hoteleiros aumentaram no período em análise 12,1%. Em termos absolutos, o número de dormidas no primeiro semestre do ano em curso registou um aumento de 122.503 dormidas.

Os hotéis continuam sendo os estabelecimentos mais procurados, representando 81,9% do total das entradas, seguindo-se os aldeamentos turísticos, com cerca de 7,8%, e as residenciais, com 4,2%.

Relativamente às dormidas, os hotéis continuam a ser os privilegiados, com 90,8%, os aldeamentos turísticos com 3,3% e as residenciais com 2,2%, revelam os dados.

O principal mercado emissor de turistas que visitaram Cabo Verde no primeiro semestre do ano em curso foi Reino Unido com 36.334 entradas, representando 19,1% do total, seguindo-se a França, Alemanha e Países Baixos, responsáveis por 11,7%, 10,8% e 10,6% das entradas, respectivamente.

Ainda segundo os dados apurados, os visitantes provenientes do Reino Unido foram os que tiveram maior permanência média em Cabo Verde no trimestre em análise (8,1 noites). A seguir estão os provenientes dos Países Baixos (6,8 noites), Alemanha (6,3 noites) e Suíça (5,2 noites). Os cabo-verdianos residentes permaneceram, em média, 2,6 noites nos estabelecimentos hoteleiros.

De acordo com a mesma fonte, durante o primeiro trimestre de 2016, em média, a taxa de ocupação-cama, a nível geral, foi de 58%. A ilha da Boa Vista teve a maior taxa de ocupação-cama (80%). Seguem-se as ilhas do Sal com 65% e São Vicente com 27%.

Os hotéis foram os estabelecimentos hoteleiros com maior taxa de ocupação, 67%. Seguem-se os aldeamentos turísticos com 39%, as pousadas com 32%, e os hotéis apartamentos com 27%.

Lisboa - O ministro português do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, disse, nesta quinta-feira (19), em Lisboa,  que o novo contrato entre o Estado e o consórcio privado Gateway, que devolverá 50% do grupo ao Estado, será assinado até sábado.

O ministro não precisou quando será assinado o acordo com os acionistas privados - Humberto Pedrosa, do grupo português de transportes rodoviários Barraqueiro, e David Neeleman, dono da companhia aérea brasileira Azul -, mas garantiu que o prazo, dia 21, será cumprido, informou a agência Lusa.

O governo português vai pagar 1,9 milhões de euros para o Estado ficar com 50% da TAP (em vez de 34% como previa o acordo anterior), resultado das negociações com o consórcio Gateway, que tinha 61% do capital da companhia e que no novo contrato fica com 45%, podendo chegar aos 50%, com a aquisição do capital à disposição dos trabalhadores.

O Estado compromete-se a não deter uma participação superior a 50% na TAP, que ficará na posse da estatal Parpública, passando a nomear o presidente do Conselho de Administração da empresa, composto por 12 elementos, sendo seis escolhidos pelo Estado e seis pelo consórcio privado Gateway.

A comissão executiva mantém-se com três membros, nomeados pelos acionistas privados, sendo presidida pelo luso-brasileiro Fernando Pinto,  ex-Varig, há vários anos à frente da TAP.

Pequim - Moçambique recebeu cerca de 1,63 milhão de turistas no ano passado, que deixaram uma receita calculada em 193 milhões de dólares, anunciou, quinta-feira (19), o Presidente da República, Filipe Nyusi. 

Falando na Conferência Internacional sobre o Desenvolvimento do Turismo, um evento que decorre em Pequim, capital chinesa, Nyusi disse que em 2015, os projectos de investimento no turismo atingiram 139 milhões de dólares, e o sector emprega directa ou indirectamente mais de 50.000 pessoas.

'Estes indicadores, embora representem um aumento considerável comparativamente aos anos anteriores, estão longe de corresponder ao potencial que Moçambique oferece', enfatizou.

Por isso, o governo está determinado 'a melhorar o desempenho institucional, para atingir níveis de excelência na prestação de serviços ao público. Fizemos intervenções, a fim de criar um ambiente mais favorável ao investimento no turismo'.

Estes investimentos incluem 'a simplificação dos procedimentos para o licenciamento de actividades económicas e a atribuição de mais incentivos aos investidores e utentes das facilidades existentes em Moçambique'.

O Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo, elaborado pelo governo para a próxima década, disse Nyusi, prevê 'que em 2025, Moçambique será o destino mais vibrante, dinâmico e exótico em África'.

Essa visão, explicou o Chefe de Estado, "estimula-nos a melhorar a competitividade de Moçambique no turismo e desenvolver o acesso a infra-estruturas. A nossa visão do turismo é um convite directo a todos os investidores e turistas para que escolham Moçambique como seu destino preferido, quer no litoral ou regiões do interior'.

Num período de recessão económica, caracterizado por uma queda nos preços das exportações das matérias-primas, aliado a uma retracção do investimento nos minerais, o turismo pode servir como uma alternativa valiosa, disse Nyusi. Advertiu, contudo, que o turismo depende da paz e estabilidade.

'Actos de terrorismo, a ausência de uma paz efectiva e violência têm vindo a afectar significativamente a actividade turística', sublinhou.

Nyusi disse ainda que o turismo 'pode contribuir para aumentar o nível de compreensão e interacção entre os povos, promoção da paz e concórdia no mundo inteiro'.

Assim, o turismo pode ser 'um factor para a construção e manutenção da paz, bem como de aproximação de povos e nações'.

'Ele enriquece as culturas e harmonia na diversidade', disse Nyusi, para de seguida acrescentar 'a indústria do turismo contribui para a redistribuição da riqueza e, portanto, é um dos maiores promotores da justiça social'.