Atenas - Um avião da EgyptAir desapareceu dos radares na noite dessa quarta-feira (18), quando fazia a ligação entre Paris e o Cairo. Uma fonte aeroportuária grega disse à agência France Presse (AFP) que o avião caiu próximo à ilha grega de Karpathos, no Mediterrâneo, no espaço aéreo egício.

O voo MS804 da Egyptair transportava 66 passageiros, entre eles um português, 15 franceses, um britânico e um canadense.

"O avião entrou no espaço aéreo egípcio, desapareceu do radar grego e caiu a cerca de 130 milhas da ilha de Karphatos", disse a mesma fonte à AFP.

A fonte da aviação civil da Grécia disse também que a última comunicação com o piloto do voo da EgyptAir ocorreu três minutos antes de o aparelho cair, acrescentando que não foi recebida qualquer mensagem de alerta.

O ministro da Defesa da Grécia informou que dois aviões de resgate e uma fragata da Marinha foram enviados para a região.

O voo partiu do Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, ontem à noite e deveria chegar ao Aeroporto Internacional do Cairo na madrugada de hoje.

Operações de busca estão sendo feitas no Mediterrâneo, envolvendo as Forças Armadas egípcias, com a ajuda da Grécia.

O vice-presidente da EgyptAir, Ahmed Abdel, disse à CNN que o avião não fez qualquer chamada de emergência.

Lisboa - O turismo brasileiro em Portugal no primeiro trimestre deste ano registou uma queda de 8,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), de janeiro a março os hotéis portugueses contabilizaram 246 mil dormidas de turistas brasileiros.

Com este desempenho, o Brasil foi o único mercado emissor de turistas estrangeiros para Portugal que esteve em queda no primeiro trimestre. Neste período os hotéis lusos registaram no total 5,78 milhões de dormidas de turistas estrangeiros, mais 17,1% do que em 2015.

Considerando apenas março, os estabelecimentos hoteleiros portugueses tiveram 72.480 dormidas de cidadãos brasileiros, menos 0,3% do que no mesmo mês do ano passado, de acordo com o INE.

O Brasil permanece como o sexto maior emissor de turistas estrangeiros para Portugal, atrás de Reino Unido, Alemanha, Espanha, França e Países Baixos. Os brasileiros continuam a ser os turistas não europeus que mais procuram os destinos portugueses, seguidos dos norte-americanos.

Os dados mais recentes do INE revelam que o mercado emissor que mais cresceu no primeiro trimestre foi Espanha, com um aumento de 50% no número de dormidas de turistas espanhóis em hotéis portugueses. O segundo maior crescimento veio dos turistas irlandeses (35,3%), seguidos dos norte-americanos (29,2%) e italianos (25,2%).

A procura de espanhóis por Portugal foi especialmente acentuada em março, o que o INE explica com as férias da Páscoa, um momento em que muitas famílias espanholas aproveitam para viajar a Portugal.

Já o turismo nacional em Portugal teve no primeiro trimestre um crescimento de 13,6% comparativamente com igual período de 2015.

Segundo o INE, ao longo do primeiro trimestre os hotéis portugueses geraram receitas de 394 milhões de euros, mais 19,7% do que no ano passado. Só em março os proveitos ascenderam a 170,6 milhões de euros, com um crescimento de 22,5% em termos homólogos.

Lisboa - O aeroporto de Lisboa vai adotar no nome de Humberto Delgado, em cerimónia a realizar neste domingo,  numa homenagem ao papel do militar na história da aviação em Portugal, quando se comemora o aniversário do nascimento do general que ameaçou demitir o ditador Salazar.

A cerimónia contará com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa, do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, além de familiares de Humberto Delgado, informa a agência Lusa.

Em fevereiro, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, anunciou a decisão do Governo de batizar o aeroporto de Lisboa com o nome do general, um dos maiores opositores à ditadura de Salazar, seguindo a proposta da Câmara de Lisboa, aprovada um ano antes, quando o atual primeiro-ministro, António Costa, liderava a autarquia

Na moção aprovada, por unanimidade, a 11 de fevereiro de 2015, em reunião camarária, António Costa sustentava que Humberto Delgado "foi uma figura notável do país político do seculo XX", assim como "um vulto maior da aviação comercial portuguesa", destacando o facto de ter fundado a TAP.

Humberto Delgado nasceu a 15 de maio de 1906 em Boquilobo, Torres Novas, e foi assassinado a 13 de fevereiro de 1965, encontrando-se sepultado no Panteão Nacional.

O militar estudou aeronáutica, foi adido militar de Portugal em Washington, além de membro do comité dos representantes da Associação do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês).

Em 1958, Humberto Delgado aceitou o convite da oposição para ser candidato presidencial - contra Américo Tomás -, desafiando o regime fascista, e recebeu manifestações de apoio um pouco por todo o país, que eram seguidas de perto e reprimidas pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE).

Questionado sobre o que faria com Salazar se ganhasse as eleições, respondeu 'obviamente, demito-o', uma vez que o Presidente da República nomeava e podia demitir o chefe de Governo.

Mesmo com fraude eleitoral, Humberto Delgado obteve 23,5% dos votos e passou a ser uma das figuras mais temidas do regime.

A 13 de fevereiro de 1965, o general e a sua secretária, a brasileira Arajaryr Campos,  foram assassinados perto de Badajoz, por um grupo de agentes da PIDE, que o atraiu a este local convencendo-o de que se ia encontrar com militares oposicionistas.