Rio de Janeiro - A movimentação prevista de 560 mil turistas que vão circular pelo Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos, que começam dia 5 de agosto, levou a Secretaria Estadual de Turismo a intensificar a promoção e divulgação para os agentes estrangeiros dos principais municípios indutores de turismo no estado. Entre eles, figuram Cabo Frio e Búzios, na região dos Lagos; Angra dos Reis e Paraty, na Costa Verde; Petrópolis, na região serrana; e Penedo, Itatiaia e Mauá, no sul do estado.

Para aumentar o fluxo de turistas durante a Olimpíada e a Paralimpíada, a secretaria está participando, desde o início do ano, do calendário oficial de feiras internacionais da Embratur e do Ministério do Turismo, visando a divulgação dos atrativos da capital fluminense e, "principalmente, do interior", disse à Agência Brasil o secretário estadual de Turismo, Nilo Sergio Felix.

"É uma orientação do governador Luiz Fernando Pezão para que nós colocássemos nossa força de promoção e fomento nas principais cidades do interior do estado", acrescentou. Estão sendo promovidos fóruns nas 12 regiões fluminenses, mostrando a importância da Olimpíada para o Brasil e para o Rio. Segundo o secretário, os jogos reunirão pessoas de 205 países e 25 mil profissionais de imprensa, sendo dez mil credenciados e 15 mil freelancers (autônomos).

"A cidade do Rio de Janeiro estará lotada e o interior, por sua vez, vai receber esses turistas que terão permanência de alguns dias". O secretário informou que o turismo que mais cresce, de acordo com dados da Organização Mundial do Turismo, é o de curta distância, que representa 80% da demanda turística de um destino.

A secretaria está investindo em material de divulgação por meio do programa Rio+3, que incentiva a visita a municípios distantes até três horas do Rio. "Você tem belezas naturais, praias, serra, aventura e turismo histórico e gastronômico" no interior do estado. Foi editado o livro Rio+3 em português, inglês e espanhol, contemplando as principais cidades turísticas do estado do Rio de Janeiro.

Nilo Sergio Felix disse que a rede hoteleira entendeu a importância da Olimpíada e da Paralímpiada como um evento único e uma oportunidade de os hotéis não só manterem a cidade cheia, mas terem uma divulgação de mídia muito grande. Durante os Jogos Olímpicos, a Secretaria Estadual de Turismo terá postos de informação no Rio de Janeiro, onde será distribuído material de divulgação para os turistas.

Depois da Olimpíada

O secretário disse que, após a Olimpíada e a Paralímpiada, o governo estadual terá um grande trabalho pela frente para garantir a ocupação da totalidade de apartamentos da rede hoteleira, que subiram de 29 mil, há dois anos, para 62 mil unidades. "Nós mais que dobramos essa oferta de quartos para o movimento da Copa do Mundo, em 2014, e para a Olimpíada", destacou.

Lembrou que o Comitê Olímpico Internacional (COI) pediu aos empresários e ao governo que houvesse investimento para que a cidade pudesse receber a Olimpíada. Os empresários responderam afirmativamente. "Só na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), já tem mais 12 mil quartos. Vamos ter uma oferta muito boa. Mas após a Olimpíada, nós precisamos trabalhar permanentemente na divulgação e promoção, porque temos o dobro para oferta para encher".

Salientou que o Programa de Desenvolvimento do Turismo do Estado (Prodetur-RJ), executado em convênio com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, terá recursos que permitirão trazer para agentes de viagem dos principais destinos compradores, que são Argentina e Estados Unidos, e organizar oficinas fora do Rio, entre outras ações. Felix quer colocar o Rio de Janeiro como um destino internacional.

Ele disse que o estado recebe atualmente poucos turistas estrangeiros. No ano passado, dos 6,4 milhões de turistas estrangeiros que visitaram o Brasil, 34% (ou cerca de 2 milhões de pessoas) vieram para o Rio. "É muito pouco em função da beleza dos atrativos que nós temos".

Com as ações em curso, a meta é elevar em 12% ao ano o número de turistas internacionais que o Rio recebe. "A meta é aumentar o fluxo turístico, aumentar a permanência dele (turista) e o seu gasto médio diário, que hoje é em torno de US$ 300 por pessoa".

O secretário avaliou que, com a cotação do dólar em torno de R$ 3,80, o que inibe a saída dos brasileiros para o exterior e facilita a vinda de estrangeiros para o Rio, a expectativa é que  a ocupação dos hotéis no interior fluminense repita o nível médio registrado no carnaval, de 95%. Observou, ainda, que, nos feridos prolongados, o interior do Rio de Janeiro está conseguindo ocupação melhor do que a capital. Agência Brasil

Lisboa - A TAP vai abrir, a partir de domingo (27), uma ponte aérea entre Lisboa e a cidade do Porto, no norte do país, passando a efetuar 18 ligações diárias em cada sentido, com partidas de hora a hora, e tarifas a partir de 39 euros (cerca de R$ 170,00).

"A ideia é ter voos a interligar as duas cidades a toda a hora. Partidas de hora em hora daqui [Lisboa] e de hora em hora de lá [Porto]. É um grande salto na prestação de serviço", anunciou em janeiro o presidente da TAP, Fernando Pinto, citado pela agência Lusa.

A ponte aérea contará com uma nova frota e será operada pela TAP Express, ex-Portugalia (PGA), e também com aviões A320 nos horários e períodos de maior procura.

O serviço da transportadora aérea terá dois balcões de 'check-in' exclusivos para os passageiros da ponte aérea, estando o percurso até à porta de embarque devidamente assinalado para ser o mais "rápido e simples possível" e para tornar a opção área competitiva.

"O importante é chegar ao aeroporto sabendo que muito em breve está a sair outro avião. A ideia é entrar em concorrência efetiva com o comboio (trem) e até com o sistema de autocarros (ônibus)", explicou então Fernando Pinto.

Até julho, a TAP Express vai ter a frota totalmente renovada com 17 aeronaves (oito ATR52 com capacidade para 70 passageiros e nove Embraer 190 com capacidade para 100 passageiros), num investimento total de cerca de 400 milhões de euros.

A par com o reforço da operação entre Lisboa e o Porto, domingo de Páscoa - início do verão IATA - marca o fim de nove rotas com destinos europeus, consideradas deficitárias pela companhia: Barcelona, Bruxelas, Milão e Roma a partir do Porto, e Gotemburgo, Hannover, Zagreb, Budapeste e Bucareste, a partir de Lisboa.

Fora da Europa, a TAP cancela a rota Lisboa-Bogotá-Panamá-Lisboa e a rota Lisboa-Manaus-Belém-Lisboa, no Brasil, que passará a ter ligações operadas pela companhia Azul, de David Neeleman, acionista da TAP.

A companhia vai, entretanto, reforçar em 59 frequências semanais as ligações a destinos já operados pela transportadora aérea portuguesa, nomeadamente Espanha (Madrid e Barcelona), França (Paris e Toulouse) e Marrocos (Casablanca e Marraquexe), com o objetivo de ter "consistência no produto".

São Tomé - O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que o governo são-tomense deve apostar em setores chaves como o turismo e agricultura para criar empregos e reduzir a pobreza.

"Estamos a falar de reformas estruturais que são importantes para a criação dos postos de trabalho, na promoção do crescimento e consequentemente para a redução da pobreza. Quando se tenta promover o desenvolvimento temos que encontrar áreas com maior potencial e sem dúvida que o turismo é uma dessas áreas", disse o chefe da missão, Maxwell Opoku-Afari , citado pela agência portuguesa Lusa.

Durante duas semanas a missão do FMI esteve em são Tomé para avaliar o programa económico que terminou em 2015.

A missão do FMI que deixou hoje o país concluiu que o empenho macroeconómico do país durante este período "é favorável", tendo crescido "mais rápido do que em muitos pequenos estados insulares".

Com a queda da inflação para 04 por cento em 2015 em virtude da fraca procura e da queda do preço de petróleo e outras matérias prima, o Fundo Monetário Internacional promete continuar conversações com o governo e doadores "para ver quais são os desafios que se colocam, ultrapassa-los e fazer não só uma promoção do crescimento, mas também promover a criação de postos de trabalho e mais uma vez aumentar a receita e reduzir a pobreza".

O aumento da produção de cacau e do investimento direto estrangeiro no setor do turismo são aspetos que vão continuar a contribuir para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB).

Mas o FMI considera que o défice no setor das infraestruturas com particularidade para o setor energético tem sido um entrave para o desenvolvimento do país".

"Nos contactos que mantivemos com o setor empresarial foi várias vezes referido que há empresas que acabam por gastar atá 40% dos recursos operacionais só para a eletricidade", disse Maxwell Opoku-Afari.

"Estamos a falar num custo elevadíssimo e se as empresas têm um custo tão elevado em termos operacionais, acabam por não ter obviamente os lucros que deveriam ter, isso vai, por sua vez, ter um impacto na não criação de postos de trabalho, que por sua vez, tem um impacto no aumento da pobreza e não na sua redução que é aquilo que se pretende", acrescentou.

O FMI promete continuar a manter os contactos com o Banco Mundial e o Banco Europeu de Investimentos "para ver como, em conjunto, será possível trabalhar no sentido de melhorar o setor elétrico para que os preços possam ser reduzidos e consequentemente podermos aumentar a produtividade das empresas e os seus lucros".

A missão do FMI aconselha o estado são-tomense a manter a prudência fiscal e aproveitar a dinâmica de reformas para reduzir a dívida pública e levar os benefícios da reforma a um seguimento mais alargado da população.