Brasília - Os passageiros de voos internacionais que chegarem aos aeroportos brasileiros serão identificados por meio do reconhecimento das características faciais únicas de cada indivíduo.

Segundo a Receita Federal, o sistema de reconhecimento facial vai trazer maior agilidade no atendimento ao viajante porque as ações dos agentes do órgão vão ser feitas preferencialmente sobre passageiros que apresentem risco potencial de estarem praticando irregularidades aduaneiras e outras infrações.

O sistema, que já está em operação em 14 aeroportos do país, vai reconhecer essas pessoas automaticamente e permitir a sua seleção para uma fiscalização mais aprofundada, sem interferir no fluxo de passagem dos demais passageiros.

"Com a união de uma sofisticada tecnologia de reconhecimento biométrico facial e um sistema avançado de gerenciamento de riscos aduaneiros, a Receita Federal aperfeiçoa seu processo de trabalho, trazendo maior segurança à sociedade brasileira, protegendo-a cada vez mais contra a prática da concorrência desleal e dos crimes de contrabando, descaminho e tráfico internacional de drogas, dentre outros", diz a Receita.

Segundo a Receita, a modernização dos sistemas de controle atende a necessidade de dar vazão ao fluxo crescente de passageiros, por causa do aumento do tráfego aéreo internacional, especialmente durante grandes eventos. O sistema de reconhecimento facial foi apresentado segunda-feira (1º) e faz o cruzamento antecipado de dados dos passageiros entre as informações enviados pelas companhias aéreas com o banco de dados da Receita Federal, que inclui informações como declaração de renda, ocupação e frequência das viagens. Agência Brasil

Luanda - O governo provincial de Benguela, no litoral sul de Angola, quer transformar a região num destino turístico de referência a nível de África, com condições para disputar rendimentos que chegam aos 34 mil milhões de dólares norte-americanos.

Com esse objetivo está a desenvolver o projeto 'Costa Nova', que começou já a ser difundido. As autoridades vão à procura de investimentos, enquanto industriais do ramo voltam a lembrar a necessidade de uma escola básica de formação hoteleira.

Números relativos ao ano de 2013, com os quais o Governo trabalha, indicam que a África do Sul recebeu a maior parte dos 56 milhões de turistas que visitaram o continente, conseguindo um crescimento de 4%

O governador de Benguela, Isaac dos Anjos, tenciona "intrometer-se" na luta pela fortuna que o turismo pode gerar para a economia, informa a rádio VOA.

''A renda é superior a 34 biliões de dólares, uma verba que é possível disputar. Mas, para que saibamos, temos de ter infra-estruturas, daí que estejamos a pensar tudo numa perspectiva metropolitana", indica o governante, que fala, tendo como base as quatro cidades do litoral, em auto-estradas e grandes núcleos habitacionais. Tudo isto no quadro de parcerias público-privadas.

Mas, para os empresários, qualquer projeto de desenvolvimento turístico para a região passa necessariamente pela criação de um escola de hotelaria e turismo e, a este propósito, lembram que um antigo projeto foi "engavetado", sem que se conheçam, até hoje, as razões.

Lisboa - A Parpública - empresa pública que gere o patrimóno do Estado português - e a Atlantic Gateway, consórcio de Humberto Pedrosa, dono do grupo português de transporte rodoviário Barraqueiro, e David Neeleman, controlador da companhia brasileira de aviação Azul, notificaram a Autoridade da Concorrência do controlo conjunto sobre a transportadora aérea TAP.

Em comunicado divulgado hoje na página oficial, a Autoridade da Concorrência (AdC) informa que foi notificada, a 20 de julho de 2016, da operação de concentração, que consiste na aquisição do controlo conjunto pela Parpública - Participações Públicas e pela Atlantic Gateway, SGPS, sobre a TAP - Transportes Aéreos Portugueses, informa a agência Lusa.

Além da Concorrência, o processo terá ainda que ser submetido à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), o regulador, que tem a palavra final e ainda está a analisar o processo anterior - da compra de 61% do grupo por privados.

O novo acordo de compra e venda de ações da TAP, assinado em maio, que agora está a ser analisado pela AdC, permite ao Estado ficar com 50% de ações da transportadora aérea, enquanto o consórcio de Humberto Pedrosa e David Neeleman detém agora 45%, podendo chegar aos 50% com a aquisição de 5% do capital que será colocado à disposição dos trabalhadores.

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, tem vindo a defender que este acordo faz com que os portugueses estejam representados na empresa e leva a que o Estado tenha sempre uma palavra a dizer sobre o futuro estratégico da companhia.

"Ao mesmo tempo temos um acionista privado, temos uma empresa mais capitalizada, mais forte, destinada a assegurar o emprego dos trabalhadores, mas sobretudo uma empresa muito importante para o turismo e para o país na relação com a lusofonia", afirmou.

O conselho de administração irá ter seis elementos indicados pelo Estado e seis elementos da parte privada, sendo que o presidente nomeado pelo Estado terá voto de qualidade.