Praia - A companhia Transportes Aéreos Angolanos (TAAG) vai manter voos regulares ligando as cidade de Luanda (Angola), a São Tomé (São Tomé e Príncipe) e à Praia (Cabo Verde), anunciou o seu representante em Cabo Verde, Henrique Batalha.
Batalha deu esta informação para contrariar informações que vinham circulando nos últimos dias na capital cabo-verdiana, Praia.
Citado pela imprensa local, Henrique Batalha assegurou que os voos que ligam as capitais de Angola e de Cabo Verde, com escala em São Tomé, vão continuar e não está prevista, nos tempos mais próximos, a suspensão dos mesmos como chegou a ser ventilado.
O delegado da TAAG confirmou que a transportadora aérea angolana procedeu recentemente a uma reprogramação das ligações para todos os percursos, mas que, no que se refere aos voos entre Luanda, São Tomé e Praia, não houve qualquer alteração.
Destacou a importância dos referidos voos, já que, frisou, para além de ligar as capitais dos três paíse, eles servem também como ponte para o transporte de passageiros para outros países africanos.
A eventual interrupção dos voos da TAAG levou os deputados que representam as comunidades cabo-verdianas em Angola e São Tomé e Príncipe a pedirem a intervenção do Presidente da República e do Primeiro-ministro de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, e Ulisses Correia e Silva, respetivamente, junto do Governo de Angola para evitar a suspensão destas rotas.
A TAAG começou voos regulares entre Luanda e a cidade da Praia em outubro de 2009.
Atualmente, os dois voos semanais que vêm servindo também as comunidades cabo-verdianas em países como o Congo e a Guiné-Equatorial são igualmente aproveitados por passageiros que viajam para países como Moçambique, a África do Sul e outros da região.
Os voos da TAAG permitiram ainda aumentar consideravelmente o número de visitas oficiais, de delegações e altas entidades dos três paises, com impacto considerável para uma maior aproximação nas relações políticas/diplomáticas, culturais e institucionais entre outros.
Também favoreceram, a nível empresarial, uma nova dinâmica, com núcleos de empresários a catalisarem oportunidades destes mercados, que antes eram aproveitadas quase exclusivamente por empresários europeus.
Não menos importante foi o facto da TAAG ter aberto as portas para um maior intercâmbio entre os cidadãos desses países, quer através da música quer através do contactos derivados da emigração.
Foi deste modo que foi possível ver diversos artistas destes países atuando em palcos de outros, assim como muitos cabo-verdianos, sobretudo os nascidos em São Tomé e Príncipe, visitarem o lugar de nascença dos pais e estabelecerem laços com outros familiares residentes em Cabo Verde.