Rio de Janeiro - Às vésperas da Olimpíada e Paralimpíada Rio 2016, a capital carioca ganhará mais um produto turístico de relevância. No local onde funcionava o antigo Hotel Paineiras, erguido em 1880 e desativado há 30 anos no Parque Nacional da Tijuca, foi construído o Centro de Visitantes das Paineiras, que receberá turistas nacionais e internacionais que vão visitar o Cristo Redentor, um dos principais atrativos do País.

A informação do empreendimento foi apresentada ao presidente da Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo), Vinícius Lummertz, esta semana, durante visita de uma das empresas responsáveis pelo investimento, o Grupo Cataratas. O espaço conta com uma nova bilheteria, sistema de senhas para diminuir filas, estacionamento, transporte realizado por meio de vans oficiais, além de um restaurante panorâmico.

De acordo com Vinícius Lummertz, o Brasil passará a oferecer uma infraestrutura de receptivo moderna e adequada aos visitantes do Cristo Redentor, ícone internacional do turismo. "Vamos gerar uma melhor experiência de visitação ao Parque da Tijuca, reforçando o Rio de Janeiro e o nosso País como destinos turísticos. O monumento de braços abertos sobre o Morro do Corcovado é nossa principal imagem, reconhecida por qualquer pessoa no mundo", completou.

O presidente da Embratur se comprometeu a incluir o empreendimento na divulgação dos produtos nacionais por meio dos 13 Escritórios Brasileiros de Turismo (EBTs) espalhados no mundo. Atualmente, por meio de feiras, campanhas e ações de promoção no exterior, o Instituto se dedica a divulgar diversos destinos e produtos para que os visitantes estendam sua estadia na nação que tem muito a oferecer de turismo em termos de belezas naturais, esportes, gastronomia e cultura.

Bruno Marques, diretor presidente do Grupo Cataratas, destacou a importância da revitalização do local histórico: "O complexo das Paineiras é uma porta de entrada para os parques nacionais brasileiros. Estimamos receber 200 mil turistas diariamente já neste mês de agosto, com grande fluxo da Olimpíada".

O executivo estava acompanhado do diretor institucional e de sustentabilidade, Fernando Henrique Sousa, que lembrou que o Centro manterá exposição multimídia permanente sobre o Parque Nacional da Tijuca, outras Unidades de Conservação do Brasil e diferentes biomas.

Praia - A companhia Transportes Aéreos Angolanos (TAAG) vai manter voos regulares ligando as cidade de Luanda (Angola), a São Tomé (São Tomé e Príncipe) e à Praia (Cabo Verde), anunciou o seu representante em Cabo Verde, Henrique Batalha.

Batalha deu esta informação para contrariar informações que vinham circulando nos últimos dias na capital cabo-verdiana, Praia.

Citado pela imprensa local, Henrique Batalha assegurou que os voos que ligam as capitais de Angola e de Cabo Verde, com escala em São Tomé, vão continuar e não está prevista, nos tempos mais próximos, a suspensão dos mesmos como chegou a ser ventilado.

O delegado da TAAG confirmou que a transportadora aérea angolana procedeu recentemente a uma reprogramação das ligações para todos os percursos, mas que, no que se refere aos voos entre Luanda, São Tomé e Praia, não houve qualquer alteração.

Destacou a importância dos referidos voos, já que, frisou, para além de ligar as capitais dos três paíse, eles servem também como ponte para o transporte de passageiros para outros países africanos.

A eventual interrupção dos voos da TAAG levou os deputados que representam as comunidades cabo-verdianas em Angola e São Tomé e Príncipe a pedirem a intervenção do Presidente da República e do Primeiro-ministro de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, e Ulisses Correia e Silva, respetivamente, junto do Governo de Angola para evitar a suspensão destas rotas.

A TAAG começou voos regulares entre Luanda e a cidade da Praia em outubro de 2009.

Atualmente, os dois voos semanais que vêm servindo também as comunidades cabo-verdianas em países como o  Congo e a Guiné-Equatorial são igualmente aproveitados por passageiros que viajam para países como Moçambique, a África do Sul  e outros da região.

Os voos da TAAG permitiram ainda aumentar consideravelmente o número de visitas oficiais, de delegações e altas entidades dos três paises, com impacto considerável para uma maior aproximação nas relações políticas/diplomáticas, culturais e institucionais entre outros.

Também favoreceram, a nível empresarial, uma nova dinâmica, com núcleos de empresários a catalisarem oportunidades destes mercados, que antes eram aproveitadas quase exclusivamente por empresários europeus.

Não menos importante foi o facto da TAAG ter aberto as portas para  um maior intercâmbio entre os cidadãos desses países, quer através da música quer através do contactos derivados da emigração.

Foi deste modo que foi  possível ver diversos artistas destes países atuando em palcos de outros, assim como muitos cabo-verdianos, sobretudo os nascidos em São Tomé e Príncipe, visitarem o lugar de nascença dos pais e estabelecerem laços com outros familiares residentes em Cabo Verde.

Brasília - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) distribuiu nota, segunda-feira (18), recomendando que os passageiros cheguem com duas horas de antecedência para o embarque em voos nacionais e internacionais.

Com muitas filas em alguns terminais, começaram a ser implantados hoje, em todo o país, os novos procedimentos de inspeção de bagagem e de passageiros. A meta é aumentar o nível de segurança.

A nota é clara: "a Anac pede que os passageiros cheguem ao embarque com duas horas de antecedência e sugere que, àqueles que embarcarem com notebooks, retirarem antecipadamente esses equipamentos da bagagem de mão, assim como cintos, relógios e objetos metálicos antes da passagem pelo pórtico (raios X), para colaborar para que o processo seja feito com mais celeridade", diz a  agência.

No site da Anac, a agência disponibilizou um material com perguntas e respostas para orientar os passageiros e tirar dúvidas. A Anac informou que está acompanhando a implantação dos novos procedimentos e procurando identificar os problemas.

"Foram observados impactos específicos em alguns terminais, com maior reflexo no aeroporto de Congonhas (SP). O órgão regulador está em contato com o operador aeroportuário a fim de identificar problemas e soluções a serem implementadas. A agência lamenta o incômodo observado hoje em alguns terminais e pede a compreensão dos passageiros impactados, tendo em vista que a adoção desses procedimentos tem como único objetivo zelar pela segurança de todos os passageiros e seus familiares no transporte aéreo brasileiro", diz o texto.

As novas medidas de inspeção estão previstas em norma da  Anac. A partir de agora, procedimentos que já são adotados em voos internacionais passarão a fazer parte também da rotina de quem viaja dentro do país. Uma das mudanças é a revista física feita de forma aleatória. Ela será realizada em local público, por agentes do mesmo sexo do passageiro. Caso o passageiro solicite, a revista pode ser feita em um local reservado e uma testemunha como acompanhante.

Bagagem de mão

Outra medida que passa a ser adotada é a retirada de notebooks da bagagem de mão. Será feita também uma inspeção manual, de forma aleatória, de bagagens de mão no momento que o passageiro estiver passando pelo equipamento de raio X. Em todos os casos, se a pessoa se recusar a realizar o procedimento, será impedida de ter acesso à área de embarque.

No Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, o movimento era grande na manhã desta segunda-feira. A passageira Telma Tavares chegou com duas horas de antecedência e não sabia que as novas regras começavam a ser aplicadas hoje. "Acho as medidas válidas, mas acredito que deveria ter sido feito um evento-teste para não causar esse transtorno", disse, diante da fila que enfrentava no saguão do terminal.

Esperando o embarque para Foz do Iguaçu, o ecólogo Bruno Araújo já sabia das mudanças, mas não imaginou que o movimento estaria tão intenso. "A fila está até caminhando rápido, mas acho que, para as pessoas que estiverem muito em cima da hora, isso pode ser um problema. Teria que ter uma maior organização em relação a essas mudanças", disse.

Priscila Tavares viajou a passeio com a família para Recife. Para ela, as novas medidas aumentam a sensação de segurança. "[As medidas] são desgastantes, há um pouco de atraso, mas são necessárias. É melhor ter isso fora do avião do que algum outro problema maior que arrisque a nossa vida".

Filas em Congonhas

Leonardo Pacheco veio de São Paulo a Brasília. Contou que enfrentou fila para embarcar no aeroporto de Congonhas. "Cheguei lá, a fila do raio X para entrar no embarque era quilométrica, estava  atravessando o aeroporto todo". Ele disse que o voo chegou a atrasar 25 minutos.

Na hora do embarque, Leonardo já foi submetido a algumas das mudanças. Ele disse que os agentes pediram para que retirasse da bagagem de mão o computador que carregava. Para ele, medidas são importantes para a segurança. "Segurança é sempre importante. É bom, mas precisa ser feito de uma forma melhor, bem programada e com pessoas bem capacitadas, do contrário vira a bagunça que foi hoje por lá e acredito que em outros aeroportos também".