Maputo - O presidente mocambicano, Filipe Nyusi, disse, em Maputo, que a crise económica, que o país atravessa, não se compadece com choros, mas sim com projetos em prol do desenvolvimento.

Nyusi falava, terça-feira (5), na cerimónia de inauguracao oficial do Hotel AFEC Glória,  em Maputo, pertencente à firma chinesa Anhui Foreign Economic Constrution Coorporation (AFEC, sigla em inglês), com investimento de 300 milhões de dólares.

Na ocasião, o Presidente afirmou que a infraestrutura representa um trampolim para o dinamismo da actividade turística em Moçambique, na medida em que está posicionado num ponto estratégico e poderá albergar pessoas de diferentes nacionalidades.

"Este edifício que hoje inauguramos vai contribuir para recepção de turistas provenientes de diferentes cantos do mundo", disse Nyusi, acrescentando que o projecto surge na sequência de acordos assinados pelo governo moçambicano e pela AFEC, para o desenvolvimento do Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano.

O hotel recém-inaugurado irá proporcionar mais empregos aos jovens moçambicanos.

"Este edifício cria condições para que, pelo menos, em 2025, Moçambique seja o principal ponto turístico de África, promovendo mais emprego para os jovens", disse Nyusi, sublinhando que "a crise económica, que o país atravessa, não compadece com choros mas, sim, com projectos deste género."

Moçambique, com este edifício, segundo o Chefe do Estado, passa a dispor de melhores condições para acolher grandes e variados eventos internacionais, com significativo impacto para a economia nacional, resultante da arrecadacão de receitas.

Por seu turno, o representante da embaixada da China em Moçambique, Wang Lipei, disse que o hotel é fruto de boas relações de cooperação existentes entre os dois paises.

"Este edifício mostra que as relações de amizade e cooperação entre Moçambique e China são produtivas, daí que temos de continuar com a cooperação para a melhoria de vida dos nossos cidadãos", disse o diplomata.

O hotel, de cinco estrelas, conta com 257 quartos, uma ampla sala com capacidade de albergar 2000 pessoas, uma sala de banquetes para cerca de 800 pessoas e um centro comercial. AIM

Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje (27) que 92% da população global vivem atualmente em áreas onde os níveis de qualidade do ar ultrapassam os limites mínimos estabelecidos pela entidade.

Os dados integram o mais completo relatório global já divulgado pela organização sobre zonas de perigo para poluição do ar, com base em informações de medições por satélite, modelos de transporte aéreo e monitores de estação terrestre de mais de 3 mil localidades rurais e urbanas.

A estimativa é que cerca de 3 milhões de mortes ao ano estejam ligadas à exposição à poluição externa do ar. A poluição interna do ar, entretanto, aparenta ser igualmente perigosa já que, em 2012, em torno de 6,5 milhões de mortes estavam associadas à poluição interna e externa juntas.

De acordo com a OMS, quase 90% das mortes relacionadas à poluição do ar são registradas em países de baixa e média renda, sendo que quase dois em cada três óbitos foram contabilizados no sudeste da Ásia e em regiões ocidentais do Pacífico.

Ainda segundo o relatório, 92% das mortes são provocadas por doenças não comunicáveis, sobretudo doenças cardiovasculares, derrame, doença obstrutiva pulmonar crônica e câncer de pulmão. A poluição do ar também aumenta os riscos de infecções respiratórias graves.

"A poluição do ar continua prejudicando a saúde das populações mais vulneráveis – mulheres, crianças e adultos de mais idade", disse a diretora-geral adjunta da organização, Flavia Bustreo. "Para que as pessoas sejam saudáveis, elas precisam respirar ar limpo do primeiro ao último suspiro", completou.

Fontes de poluição

A OMS alerta que as principais fontes de poluição do ar incluem modelos ineficientes de transporte; combustível doméstico e queima de resíduos; usinas de energia movidas a carvão; e atividades industriais em geral.

"Para enfrentar a poluição do ar, é preciso agir o mais rápido possível", defendeu a diretora do Departamento de Saúde Pública e Determinantes Ambientais e Sociais de Saúde da OMS, Maria Neira.

"As soluções existem por meio do transporte sustentável nas cidades, da gestão de resíduos sólidos, do acesso a combustíveis domésticos limpos e fogões, bem como de energias renováveis e da redução de emissões industriais", concluiu Maria Neira.

Nova York - Cabo Verde quer explorar melhor as vantagens da economia do mar através da maior cooperação internacional. A intenção foi revelada pelo ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros em entrevista à Rádio ONU, em Nova York. Luís Filipe Tavares falava à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas.

O ministro disse que o arquipélago conta com a comunidade internacional para conservar e usar os recursos de forma sustentável, na área do seu domínio marítimo.

As Nações Unidas sugeriram aos Estados insulares investimentos na chamada economia azul e a busca de melhores alternativas para explorar os recursos internos. O governante cabo-verdiano declarou que o arquipélago carece de mais do que fundos.

"Cabo Verde precisa de apoios muito concretos, mas precisamos de um apoio mais no conhecimento da realidade oceânica do nosso país. O conhecimento científico para nós é fundamental e mais do que dinheiro muitas vezes. Como dizia o ditado chinês: em vez de querermos peixe queremos pescar para sabermos tirar maior proveio do nosso mar. Cabo Verde já tira produtos do mar. Nós temos, no âmbito da cooperação com os Estados vizinhos de África, uma cooperação intensa nesta área. Nós acreditamos que a comunidade internacional possa trazer conhecimento científico, para que Cabo Verde possa, se eu posso dizer assim, dominar o seu mar."

Na Assembleia Geral, Luís Filipe Tavares destacou uma série de desafios nas pequenas ilhas em desenvolvimento como a falta de recursos, as limitações para atrair investimentos externos e a necessidade de preservar mares e oceanos.

O chefe da diplomacia cabo-verdiana destacou a importância da comunidade internacional para prestar atenção ao processo de desenvolvimento do grupo de países.