Lisboa - A transportadora aérea portuguesa TAP avisou os passageiros de que a partir desta terça-feira (18) não podem transportar os dispositivos móveis Samsung Galaxy Note 7 nos voos da companhia aérea portuguesa, depois dos casos de explosões e incêndios registados por estes telemóveis.

"Por motivos de segurança, avisamos todos os clientes TAP que a partir desta data não poderão transportar os dispositivos móveis Samsung Galaxy Note 7, seja junto a si, em bagagem de mão ou bagagem de porão, em nenhum dos voos TAP", refere a operadora aérea no site oficial da empresa.

"Por favor não traga o seu dispositivo móvel para o aeroporto. Em caso de retenção do seu dispositivo no aeroporto, a TAP não tem possibilidade de o devolver, nem poderá ser responsável por ele durante a sua viagem", refere a operadora aérea, aconselhando os passageiros "a contactar diretamente com a Samsung para obter mais informações acerca do processo de recolha" do dispositivo, informa a agência Lusa.

Também hoje, a transportadora aérea alemã Lufthansa anunciou a interdição dos 'smartphones' a bordo dos seus aviões devido ao risco de incêndio.

Esta tem sido uma medida aplicada por várias companhias aéreas europeias, justificada por questões de segurança.

Na passada sexta-feira, as autoridades norte-americanas decidiram proibir os 'smartphones' Note 7 nos voos que partem ou que se destinam aos Estados Unidos, tal como os voos domésticos, uma decisão que foi seguida na segunda-feira pelo Japão.

Dois meses após o lançamento do Note 7, a fabricante sul-coreana Samsung suspendeu, na semana passada, a produção destes equipamentos, depois de uma série de defeitos que provocaram explosões e incêndios.

Maputo - O ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, inaugurou, segunda-feira (17), em Maputo, a Conferência Internacional de Investimento em Turismo, que visa discutir políticas públicas que consolidem o turismo como vector de desenvolvimento económico do país.

O encontro, cujo lema é "Turismo, o Factor Dinamizador do Crescimento Sócio-Económico", no âmbito da IV Edição do "Descubra Moçambique" – Feira Internacional do Turismo, visa também incentivar o investimento na actividade turística, assim como promover o debate sobre as melhores formas de valorização de ideais que possam contribuir para o desenvolvimento do turismo, informa a agência moçambicana AIM.

Discursando na sessão de abertura do encontro, Dunduro disse que o debate a volta dos temas a serem arrolados durante a conferência servirão de alavanca para uma melhor coordenação de acções entre o governo e o sector privado, a chave para o desenvolvimento do turismo no país.

"As conferências de turismo são espaços destinados ao encontro entre diferentes segmentos da sociedade com interesse de impulsionar esta actividade económica que é das mais dinâmicas da sociedade contemporânea", disse o ministro.

O titular da pasta do turismo disse, por outro lado, que a conferência constitui a forma que o governo moçambicano continuará a desenvolver para que o sector privado seja mais actuante e se sinta parte integrante das políticas públicas que favoreçam a redução das desigualdades sociais no país.

O turismo, conforme dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), detém 9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e um em cada 11 postos de emprego no mundo relaciona-se com a atividade.

Segundo Dunduro, o turismo mundial representa 1.5 trilião de dólares norte-americanos em exportações anualmente e movimenta cerca de 1.1 bilhão de chegadas internacionais. Ou seja, o turismo é a principal engrenagem para a deslocação de pessoas.

Na sua descrição acerca do país, Dunduro disse que o país possui uma costa com cerca de 2700 quilómetros de extensão com praias exóticas. No interior contém parques e reservas nacionais ricos em floresta e fauna bravia.

"Para melhor aproveitamento desta rica diversidade de produtos, é necessário discutirmos neste tipo de fórum estratégias do seu desenvolvimento como pacotes específicos", disse o ministro, acrescentando que o governo encoraja a realização de mais conferências deste tipo no país e na região.

Lisboa - O turismo brasileiro em Portugal voltou a crescer. Em agosto os hotéis portugueses registaram mais de 127 mil dormidas de turistas provenientes do Brasil, um número que fica 19,4% acima do verificado no mesmo mês do ano passado, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Agosto foi o terceiro mês deste ano com maior fluxo turístico brasileiro em Portugal, apenas atrás de julho (146 mil dormidas nos hotéis portugueses) e maio (144 mil dormidas), revelam os números do INE.

Em termos acumulados, nos primeiros oito meses deste ano os estabelecimentos hoteleiros lusos registaram quase 886 mil dormidas de cidadãos brasileiros, um volume ainda 1,2% abaixo do verificado em semelhante período de 2015. O Brasil é o único mercado emissor de turistas estrangeiros para Portugal em queda.

Considerando somente agosto, o Brasil foi o oitavo maior emissor internacional de turistas para o mercado português, atrás de Reino Unido, Espanha, França, Alemanha, Holanda, Itália e Irlanda. Nas contas acumuladas desde o início do ano o Brasil é o sétimo mercado emissor de turistas estrangeiros.

Segundo o INE, em agosto as maiores taxas de crescimento na procura dos hotéis em Portugal foram registadas pelos turistas da Suíça (23%), Holanda (22,5%), Estados Unidos da América (21,4%) e Brasil (19,4%).

Globalmente os hotéis portugueses tiveram em agosto 7,5 milhões de dormidas, mais 3,7% do que em 2015. De janeiro a agosto o país contabilizou 37,1 milhões de dormidas, com um crescimento de 8,9% em termos homólogos.

A hotelaria lusa faturou em agosto 442,8 milhões de euros, mais 11,9% do que em 2015. No acumulado do ano os proveitos totais foram de 1,98 mil milhões de euros, crescendo 15,9% relativamente aos primeiros oito meses de 2015.