Maputo - O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, desafiou, sexta-feira (14), os operadores turísticos em Moçambique a flexibilizarem o setor, considerando-o uma alternativa para fazer face à difícil conjuntura que o país atravessa.
"O turismo em Moçambique, neste momento, precisa de projetos inovadores e precisa de ser flexibilizado", disse o chefe de Estado moçambicano, falando durante a abertura da 4.ª edição da Feira Internacional de Turismo, que decorre desde hoje em Maputo, informa a agência portuguesa Lusa.
Apontando o turismo como uma alternativa à difícil conjuntura que Moçambique atravessa, marcada pela subida do custo de vida, forte desvalorização do metical face ao dólar e uma crise política e militar que opõe o Governo e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, maior partido da oposição), o chefe de Estado moçambicano destacou o "potencial multidimensional" que país possui, acrescentando que o desafio agora reside na melhoria da capacidade institucional.
Para o Presidente moçambicano, a aposta no setor vai garantir que o país continue um dos principais destinos turísticos na região, aproveitando a sua localização geográfica, com acesso direto ao oceano índico, e criando oportunidades de emprego.
A sustentabilidade do setor e a conservação do meio ambiente, prosseguiu o chefe de Estado moçambicano, devem serem assumidas como prioridades no plano de desenvolvimento do turismo, que se apresenta como um "catalisador das economias" nos tempos atuais.
O Presidente moçambicano afirmou ainda que a estratégia do seu Executivo passa também pela valorização de áreas como o turismo, garantindo que o país crie rendimento a partir do que "de melhor possui".
"É necessário que apostemos realmente no turismo", reiterou o Presidente moçambicano, observando que só assim é possível garantir a conservação do património artístico e histórico de um país "belo como Moçambique".
Subordinada ao lema: "Descubra Moçambique", a 4.ª edição da Feira Internacional do Turismo junta operadores do setor, estudantes e quadros do Governo na capital moçambicana durante três dias.