São Tomé - A capital são-tomense acolhe a partir de segunda-feira a 7ª Reunião do Comité de Regulação e a 3ª do Comité Jurídico para a melhoria do transporte aéreo em África.

"Vamos analisar algumas recomendações que os Estados Membros prepararam, o regulamento sobre a aviação civil da comunidade dos Países da África Central e discutir também vários aspetos ligados ao futuro da organização", disse aos jornalistas Leopoldo Nascimento um responsável do Instituto São-tomense da Aviação Civil (Inac), informa a agência Lusa.

De acordo com o responsável do INAC, neste encontro que decorre até quinta-feira os países membros vão tentar adaptar os regulamentos da aviação civil desta região africana às exigências da União Europeia que colocou vários países em sua lista negra.

"Esses encontros vão permitir-nos também trocar de experiências" e "recolher subsídios destinados a melhorar a situação da aviação civil nos dez países africanos que fazem parte deste projeto", disse Leopoldo Nascimento.

São Tomé e Príncipe tem trabalhado há vários anos para sair da lista negra da Organização da aviação civil internacional (OCI).

"Todos os países estão unidos para ver se conseguimos combater aquilo que consideramos como sendo um flagelo", sublinhou o responsável.

O arquipélago de São Tomé e Príncipe já depositou na OCI "um projeto sobre como sairmos dessa lista que foi aceite pela OCI e continuamos a trabalhar nesse sentido".

"Temos uma legislação na Assembleia Nacional (parlamento são-tomense" a espera de aprovação, temos uma nova regulamentação, nós submetemos ao governo um projeto de transformação do INAC em ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), tudo isso no âmbito dos nossos esforços para sair da lista negra", acrescentou.

Camarões, Gabão, Guiné Equatorial, Republica Centro Africana, Congo Brazzaville, já confirmaram a sua participação, faltando Angola, Burundi e a Republica Democrática do Congo (RDC).

A expectativa é que a reunião de São Tomé possa "unir ainda mais os Estados membros é importante porque ajudar-nos-á a melhorar o nosso sistema de aviação civil, além de que juntos, na OCI teremos maior aceitação", explicou Leopoldo Nascimento.

É a segunda vez que São Tomé e Príncipe acolhe um evento dessa natureza.