Brasília - O presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, recebeu nesta quinta-feira (23) o conselheiro econômico para Assuntos do Turismo e Cultura da Embaixada de Moçambique, Romualdo Johnam, para tratar sobre um encontro bilateral com foco no turismo dos dois países.

"Estamos à disposição de Moçambique para troca de experiência relacionada às atividades turísticas e políticas de promoção do turismo brasileiro no mercado internacional", disse Lummertz.

O conselheiro da embaixada moçambicana deu as boas-vindas ao presidente da Embratur, empossado há um mês, e fez um convite à Embratur para participar de um seminário sobre o setor, promovido pela Embaixada de Moçambique no Brasil. Romualdo Johnam destacou, ainda, a expectativa positiva em relação à iniciativa.

"Estar alinhado com o Brasil, que é um parceiro estratégico, é muito importante para desenvolvermos o turismo em Moçambique e, com isso, atrairmos mais estrangeiros. Também temos experiência em promover o setor por meio dos nossos parques nacionais, por isso é fundamental essa troca de informação", comentou Romualdo Johnam.

O seminário será realizado em Brasília, no dia 7 de outubro. O objetivo do conselheiro é alinhar as ações e a programação com a Embratur e o Ministério do Turismo brasileiro.

Brasília - Os gastos de brasileiros em viagem ao exterior chegaram a US$ 1,649 bilhão em junho, queda de 17,43%, em relação ao mesmo mês de 2014 (US$ 1,997 bilhão), de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados quarta-feira (22). No primeiro semestre, essas despesas somaram US$ 9,940 bilhões, contra US$ 12,443 bilhões em igual período do ano passado.

Segundo o chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Fernando Rocha, a redução dos gastos de brasileiros no exterior é resultado da alta do dólar, que encarece as viagens, e da queda na atividade econômica no Brasil. "A atividade econômica está fraca e a taxa de câmbio, desvalorizada", disse.

As receitas de estrangeiros em viagem no Brasil chegaram a US$ 445 milhões, no mês passado, contra US$ 793 milhões, em junho de 2014. Nos seis meses do ano, as receitas ficaram em US$ 2,944 bilhões, ante US$ 3,584 bilhões no primeiro semestre de 2014.

Rocha lembra que, em junho do ano passado, houve a abertura da Copa do Mundo no Brasil, o que estimulou a vinda de turistas ao país. Em 2015, sem esse estímulo, as receitas foram menores.

Com esses resultados, o déficit na conta de viagens internacionais chegou a US$ 1,203 bilhão, em junho, e a US$ 6,996 bilhões, no primeiro semestre deste ano. Agência Brasil

Nova York - Para a Organização Mundial do Turismo (OMT), o sector é importante peça para o desenvolvimento, mas recebe atenção limitada. A agência da ONU pede que mais investimentos financeiros sejam direcionados ao turismo, para que o sector possa contribuir de forma adequada ao desenvolvimento sustentável.

O turismo é uma atividade que gera grandes impactos económicos por criar muitos empregos e representar 6% do comércio global. Segundo a OMT, o sector já foi identificado como essencial para reduzir a pobreza em metade dos países menos desenvolvidos.

Maior Prioridade

O director da agência, Taleb Rifai, lembrou que para muitas nações, o turismo significa empregos, erradicação da pobreza, desenvolvimento e proteção do património cultural e natural.

Mas o chefe da OMT declarou que é dada uma baixa prioridade ao turismo em termos de apoio financeiro, situação que precisa ser mudada, na sua avaliação.

Oportunidade

Os países menos desenvolvidos receberam 24 milhões de visitantes internacionais em 2013, o que gerou lucros de US$ 18 mil milhões.

No ano em que os Estados-membros da ONU vão adotar uma nova agenda com metas para o desenvolvimento sustentável, a OMT diz ser a oportunidade perfeita para se aumentar o nível de assistência financeira ao sector.

África

Sobre África, um balanço da agência mostra que as chegadas de turistas internacionais no continente diminuíram 6% nos primeiros quatro meses de 2015.

A OMT informa que há informações limitadas sobre as regiões, mas calcula-se que o Norte da África recebeu 7% a menos de turistas, enquanto na África Subsaariana, as chegadas diminuíram 5% entre janeiro e abril.

O surto de ébola na África Ocidental e preocupações com a segurança em outras regiões foram alguns dos motivos que influenciaram a diminuição dos turistas.

Na média global, 332 milhões de pessoas viajaram para outros países, o que fez com que as chegadas de turistas internacionais subissem 4% entre janeiro e abril.