Lisboa - Os trabalhadores da Groundforce, empresa de assistência em terra (handling) dos aeroportos portugueses, estarão em greve nos dias 29 e 30 de agosto. A Groundforce é detida em 49,9% pela TAP e em 50,1% pela empresa Urbanos.

O tribunal arbitral deverá definir segunda-feira os serviços mínimos que os trabalhadores deverá realizar nos dois dias de paralização, "mas a assistência em terra vai estar comprometida nos dias de paralisação", segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA).

Os trabalhadores da SPdH - Serviços Portugueses de Handling (Groundforce Portugal) contestam a "postura de desrespeito" da empresa de assistência em terra e reivindicam a revisão dos horários de trabalho e dos salários e o fim da precariedade laboral.

O sindicato denuncia "o uso e abuso de horários penalizadores, a utilização abusiva de trocas de horário e a proliferação da precariedade, com centenas de trabalhadores temporários e falsos prestadores de serviços".

Trípoli - A Libyan Airlines, transportadora aérea líbia, anunciou a retomada, quinta-feira, dos seus voos diários para a Tunísia, a partir do aeroporto internacional  de Maitigua, arredores  leste de Tripoli, na sequência da reabertura do seu espaço aéreo tunisino às companhias aéreas líbias.

Num comunicado na seu site, a Libyan Airlines anuncia que os voos comerciais serão garantidos para os aeroportos tunisinos pelos aparelhos Airbus 320.

A companhia explica ainda que voos  serão assegurados, a partir do aeroporto de Maitigua, para o aeroporto de Sfax, com duas frequências por semana, e  do aeroporto de Misrata (cerca de 220 quilómetros de Tripoli) para o aeroporto de Cartago em Túnis.

O ministério tunisino dos Transportes anunciou a reabertura do espaço aéreo tunisino às companhias aéreas líbias para explorar voos comerciais, a partir de todos os aeroportos líbios para os aeroportos tunisinos. Panapress

Praia - A ministra cabo-verdiana do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial, Leonesa Fortes, revelou, na cidade da Praia, que o plano estratégico para o desenvolvimento do turismo prevê que o arquipélago deverá receber, anualmente, até 2020 um milhão de turistas.

Para Leonesa Fortes, trata-se de uma meta perfeitamente ao alcance de Cabo Verde, uma vez que o país dispõe de condições para o atingir, sendo, no entanto, necessário o envolvimento não apenas do Ministério do Turismo como de todas as outras instituições com responsabilidade na matéria.

A governante falava terça-feira a jornalistas momentos antes de presidir à abertura do "Momento Turismo", um evento promovido pelo seu Ministério para a socialização dos instrumentos que considera "estratégicos e fundamentais" para o setor turístico, designadamente o Plano de Marketing de Cabo Verde para o período 2015-16 e o Observatório do Turismo de Cabo Verde.

"Penso hoje ser consensual que o turismo é de facto o setor que vai permitir desenvolver Cabo Verde e arrastará outros setores para o seu desenvolvimento", sublinhou Leonesa Fortes.

Entretanto, ela adiantou que o setor turístico no arquipélago, apesar de já ter registado uma evolução significativa, tem  conhecido oscilações com baixas no nível de fluxo turístico.

"O Momento Turismo significa que queremos refletir sobre os compromissos que temos de assumir para o futuro, ou seja o turismo não pode continuar a desenvolver-se de forma espontânea ou, digamos, com parte da responsabilidade assumida pelos operadores do setor, mas com as instituições a assumir também as suas responsabilidades", reiterou.

O Plano de Marketing, que é extensível a 2020, prevê a promoção do destino Cabo Verde, integrando as dez ilhas e todas as potencialidades do país – não só sol e praia, mas também a natureza, a cultura e outras atividades.

A ministra do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial acredita que ele vai permitir a conquista de novos mercados e a consolidação dos emissores de turistas  existentes.

"Queremos chegar por exemplo ao mercado do Estados Unidos, aprofundar o mercado da Alemanha, da Itália, entre outros, mas sabemos que isso não vai acontecer por si só se as instituições não se engajarem para juntos fazer um trabalho que é necessário a este nível", salientou.

"Os estudos nos dizem que Cabo Verde tem um potencial grande. Estamos no nível dos dez países que serão mais visitados nos próximos 10 anos e então temos que trabalhar neste sentido", realçou Leonesa Fortes.

O Observatório do Turismo é o instrumento que vai permitir monitorizar tudo aquilo que acontece em Cabo Verde a nível do setor do turismo, de modo a servir de orientação de política para o setor.

Ela disse que, além do aumento do peso do setor do turismo no Produto Interno Bruto (PIB), neste momento à volta de 20 porcento, o Governo quer também que haja o contributo indireto ou seja no desenvolvimento do setor agrícola, por exemplo.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2014, a hotelaria do país registou 539.621 hóspedes, correspondendo a uma redução de 2,3 porcento face ao ano anterior, com menos 12.523 entradas.

As estatísticas do turismo e movimentação de hóspedes divulgadas segunda-feira pelo INE indicam que de janeiro a junho deste ano os estabelecimentos hoteleiros cabo-verdianos registaram 278.888 hóspedes, constituindo um aumento de 4,8 porcento face ao mesmo período do ano passado.