Maputo - A provisão de melhores meios de trabalho para a fiscalização do Parque Nacional do Limpopo (PNL) constitui uma das medidas que podem contribuir para um combate mais enérgico à caça furtiva naquela área de conservação na província meridional de Gaza, em Moçambique.
O sentimento foi expresso pelos formandos na cerimónia de encerramento de uma reciclagem anual, que abrangeu um universo de 24 fiscais no posto de fiscalização de Mapai, iniciada a 28 de Junho, durante a qual exigiram igualmente a melhoria de condições alimentares e de alojamento.
Durante a reciclagem, os fiscais aprenderam entre várias matérias, novas técnicas e tácticas anti furtivas, aplicação da nova legislação de protecção e conservação dos recursos naturais, uso de equipamento GPRS e de rádios de comunicação digital.
Ocupando uma área de 1,2 milhão de hectares e com uma população animal nativa cerca de 116 espécies de répteis, 505 aves e 147 espécies de mamíferos, o PNL possui 203 trabalhadores, dos quais mais de 75 por cento afectos ao programa que vela pela fiscalização dos recursos florestais e faunísticos.
Segundo um comunicado de imprensa do PNL recebido pela AIM, os formados exigiram ainda a melhoria dos kits de primeiros socorros, equipamentos de campo, introdução de sistemas de patentes, equilíbrio de género e aumento do tempo de reciclagem nos próximos cursos.
Na sua intervenção, o administrador do PNL, António Abacar, disse haver consciência sobre todas as necessidades apresentadas pelos trabalhadores e existe um trabalho em curso para resolver as várias situações que afligem os trabalhadores.
"Já temos o aval do doador para a aquisição de novo equipamento do campo e estamos a trabalhar com a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) para sanar outros aspectos aqui apresentados", disse Abacar.
A fonte disse ainda estar em processo a construção de um posto de fiscalização de Macavene, bem como a instalação de um sistema de comunicação digital nos pontos estratégicos do parque.
O administrador disse igualmente estar na fase de concursos, a nível da ANAC, o processo que vai culminar com a identificação de empresas que vão fornecer ração melhorada, viaturas e um barco para patrulhas junto a albufeira.