Túnis - A Tunísia está a trabalhar para abrir o seu espaço aéreo a alguns países africanos depois de ter já suprimido o visto aos visitantes de determinadas nacionalidades do continente, anunciou o ministro tunisino dos Transportes, Mahmoud Ben Ramadan.

Ramatan, que falava à margem do 24º Conselho Internacional dos Aeroportos da Região África, que decorre em Hammamet (18-25 de outubro), precisou que uma conferência africana será organizada nas próximas semanas para instaurar uma colaboração com companhias aéreas de alguns países e assinar acordos no domínio da aviação.

Sobre os trabalhos de alargamento do aeroporto internacional de Túnis Cartago, ele indicou que estes estão a avançar a bom ritmo, exprimindo a vontade de aumentar a capacidade de acolhimento do aeroporto de cinco milhões a 7,5 milhões de viajantes por ano nos próximos três próximos anos.

Na ocasião, o diretor do Controlo Interno de Gestão do aeroporto de Dakar (Senegal), Pape Diéry Séne, declarou-se impressionado pela experiência tunisina em matéria de transporte aéreo e dos aeroportos, sublinhando que a escolha da Tunísia para organizar, pela terceira vez, esta manifestação traduz a importância da sua experiência e o desejo dos países africanos de nela se inspirarem, sobretudo relativamente à formação.

Os trabalhos desta assembleia geral que decorre na presença de vários atores de aviação civil serão marcados por ateliês sobre o desenvolvimento dos aeroportos, a sua exploração e a organização de uma conferência, que decorreu de 21 a 22 de outubro, sob o lema "Direção, renovação e a gestão dos aeroportos".

Uma feira internacional foi organizada com 37 stands abertos por industriais, profissionais e fornecedores em matéria de equipamentos aeroportuários. Panapress

Túnis - Uma nova companhia aérea de transporte de cargas quer garantir voos diários com destino a 51 países em África a partir da Tunísia, anunciou quarta-feira o seu presidente diretor-geral (PDG), Anis Riahi.

Em conferência de imprensa em Túnis, Riahi disse que ligações diretas diárias da Express Air Cargo, a nova companhia, vão cobrir todos os países da África do Norte, da África Ocidental, da África Central e da África Austral.

Revelou ainda que a sua plataforma aeroportuária será estabelecida no aeroporto internacional tunisino de Enfidha-Hammamet.

O PDG da Express Air Cargo manifestou o seu "orgulho de ter conseguido criar uma plataforma aeroportuária africana para o transporte cargo com vista a contribuir para o esforço nacional e a promoção da notoriedade da Tunísia enquanto país viável com o fito de atrair investidores estrangeiros".

Frisou que a sua companhia registou, desde a 12 de janeiro de 2015, mais de duas mil toneladas de transporte de cargas, em operações de importação e exportação.

Segundo as suas previsões, Express Air Cargo permitirá angariar um investimento na ordem de 46 milhões de dinares (perto de 25 milhões de dólares americanos) em três anos, criar 800 empregos diretos e 400 indiretos.

"A nossa companhia vai oferecer uma oportunidade única para exportadores tunisinos a fim de aceder diretamente a todos os mercados africanos", regozijou-se.

De janeiro a março de 2016, acrescentou, a estrutura será dotada duma capacidade de cinco mil e 30 mil toneladas, inluindo 15 mil e 400 para África entre abril e dezembro de 2016.

Salientou as  "tarifas muito atrativas" propostas aos exportadores tunisinos para "uma melhor competividade, uma qualidade de serviço irrepreensível respondendo assim às exigências dos operadores económicos à escala internacional, bem como a uma garantia de embarque". Panapress

Praia - O Comité de Pilotagem das Autoridades de Aviação Civil Africana  está reunido desde quarta-feira (21) na Cidade Velha, na ilha cabo-verdiana de Santiago, com o objetivo de traçar os planos de ação para o próximo ano e analisar a sustentabilidade do setor no continente africano. 

Em declaração à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), o presidente do Conselho da Administração da Agência de Aviação Civil (AAC) de Cabo Verde, João Monteiro, realçou que está em debate uma maior cooperação entre os países na aplicação do "African Flight Procedure Program" (Programa Africano de Voo Processual – AFPP SC), conforme recomenda Organização Internacional de Aviação Civil (OIAC).

Segundo ele, um dos "maiores desafios" neste momento é a atração de mais países do continente africano para o AFPP SC de modo a que o programa  seja mais sustentável.

"Para atrair mais estados africanos temos que demostrar que o AFPP SC é vantajoso e que há necessidade de acordo de maior cooperação entre os Estados, fazendo com que os países se desenvolvam em termos de navegação aérea de forma harmoniosa", realçou.

Participam no encontro representante de países membros do projeto, nomeadamente
Argélia, Gabão, Gâmbia, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Zâmbia, Tanzânia e um representante da AIRBUS.

No âmbito deste encontro, a OIAC promove de 22 a 23 de outubro corrente na Cidade Velha, primeira capital de Cabo Verde, uma formação sobre "DGCAs Course" destinada aos diretores-gerais das autoridades civil africana, que será ministrada pela Academia de Aviação de Singapura, uma das referências mundiais do setor aeronáutico.

A formação é dirigida aos diretores-gerais das Autoridades de Aviação Civil africanas e visa a transmissão de conhecimentos específicos e basilares para a gestão da segurança operacional na aviação civil, assim como novas abordagens ligadas ao desenvolvimento e gestão efetiva deste setor nos respetivos Estados.