Lisboa - O Governo português fechou, quinta-feira à noite, o processo de venda da companhia aérea estatal, a TAP, ao consórcio Gateway, liderado pelos empresários David Neeleman e Humberto Pedrosa.

A operação de venda, prevista há vários meses, estabelece a transmissão à Gateway de 61% do capital da TAP, ficando o Estado português com uma fatia de 34%. Os restantes 5% do capital da empresa de aviação serão entregues aos trabalhadores.

O processo de privatização da companhia aérea lusa envolve uma forte contestação, sobretudo dos partidos de esquerda, mas também de movimentos de cidadãos reclamando a continuidade do controlo estatal da TAP.

Pela fatia de 61% o consórcio Gateway pagou ao Estado português 10 milhões de euros e comprometeu-se a injetar na TAP os capitais necessários para melhorar a situação financeira da empresa. A Gateway irá assegurar uma recapitalização da TAP de 338 milhões de euros, dos quais 150 milhões serão colocados na companhia no curto prazo.

O contrato de venda foi assinado na presença da secretária de Estado do Tesouro, Isabel Castelo Branco, e do presidente da Parpública (empresa que gere as participações do Estado português), Miguel Pinto Luz, juntamente com o norte-americano David Neeleman, dono da empresa brasileira da aviação Azul, e Humberto Pedrosa, do grupo português de transportes rodoviários Barraqueiro.

A conclusão da privatização da TAP é contestada pelos partidos da oposição, PS, PCP e Bloco de Esquerda, que desde as eleições de 4 de outubro passaram a ter a maioria dos deputados na Assembleia da República.

Nova York - A Realtours e a Associação Empresarial de São Tomé e Príncipe anunciaram, terça-feira (10), que obtiveram o acordo da World Travel Events para a organização da gala da World Travel Awards África em 2017.

Num comunicado entregue aos jornalistas em Nova Iorque, as duas empresas revelaram que a cerimónia vai decorrer na cidade de São Tomé e que os principais patrocinadores, entre os quais CST, Mota Engil e HBD, já confirmaram a sua participação.

"Isto acresce-se a um apoio institucional e financeiro oficial do Governo de São Tomé e Principe", indicou.

A World Travel Awards compreende uma série de galas regionais organizadas no ano que precede uma cerimónia de Grande Gala final e os vencedores de cada gala regional  qualificam-se para a grande final.

O arquipélago de São Tomé e Principe foi escolhido para acolher a cerimónia em 2017 "que vai agrupar todos os atores africanos pertinentes neste setor no nosso país para o que é considerado como sendo uma fantástica cerimónia e um reconhecimento da excelência e realizações excecionais no setor do turismo", indica o comunicado.

A Realtours e Associação Empresarial de São Tomé e Principe foram designados como organizadores locais da gala que vai realmente contribuir para a promoção do país a nível internacional e garantir uma enorme mediatização com mais de 90 milhões de telespetadores em todo o mundo graças à CNBC e TVS Monde. Panapress

Moscou - Cerca de 11 mil turistas russos que estavam no Egito regressaram à Rússia nas últimas 24 horas, depois de Moscou ter levantado a suspensão dos voos, na sequência do desastre do avião da companhia russa Metrojet.

"Nas últimas 24 horas, cerca de 11 mil pessoas já regressaram", disse o vice-primeiro-ministro, Arkady Dvorkovich, aos jornalistas, acrescentando que mais pessoas deverão regressar ao final do dia.

"Hoje é o dia mais movimentado nesse sentido", disse o governante, no aeroporto Vnukovo, localizado nos arredores de Moscou.

O governante explicou que a Rússia irá enviar equipes de peritos para inspecionar os aeroportos do Egito, e verificar se a segurança precisa ser reforçada.

Apesar de descartadas inicialmente as suspeitas de atentado contra o avião que caiu no dia 31 de outubro, na península do Sinai, com 224 pessoas a bordo, a Rússia suspendeu na sexta-feira todos os voos com o Egito.

As autoridades disseram, sábado (7), que cerca de 80 mil turistas russos ainda se encontravam no Egito, sobretudo na estância balneária de Sharm el-Sheikh e Hurghada, e que poderiam regressar de acordo com o seu ritmo.

Seguindo os passos da Grã-Bretanha, a Rússia disse que os turistas que regressam ao país viajarão sem a sua bagagem, que seguirá separadamente.

Neste domingo (8), o Ministério da Defesa da Rússia enviou dois aviões militares de carga Il-76 ao Egito para recolher bagagens dos turistas russos, tendo um deles já partido de Hurghada com destino a Moscou, com cerca de 30 toneladas de bagagens.

O Kremlin insistiu que a decisão de suspender os voos não significa que Moscou acredite que o acidente tenha sido causado por um ataque deliberado.

Entretanto, também hoje, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse que não devem ser descartadas quaisquer hipóteses, mas considerou que a possibilidade de um atentado é "naturalmente levada muito a sério".

"Não devemos rejeitar qualquer hipótese, mas é claro que a hipótese de ataque é levada muito a sério", disse o primeiro-ministro, numa entrevista, onde afirma estar "diante de uma ameaça de grande magnitude sem precedentes".

"Enfrentamos um inimigo externo e um inimigo interno, em setores que estão naturalmente na Síria e no Iraque, e todos os dias os nossos serviços de inteligência param e chamam indivíduos que possam representar um perigo", disse.

O Egito resistiu à tese de um ataque à bomba no acidente do avião russo. O movimento radical do Estado Islâmico diz ser o autor da queda da aeronave.