Lisboa - O turismo brasileiro em Portugal caiu quase 10% em outubro em comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), os hotéis portugueses contabilizaram naquele mês 142 mil dormidas de cidadãos brasileiros, menos 9,8% do que em outubro de 2014.

Com este desempenho o Brasil foi, entre os dez maiores mercados emissores de turistas estrangeiros para Portugal, o país que teve a maior queda de procura pelos destinos turísticos lusos. De acordo com o INE, a segunda maior queda ficou por conta dos turistas da Bélgica, que realizaram em outubro menos 9% de dormidas em Portugal do que no ano passado.

Mas não só o Brasil se destacou negativamente em outubro no mercado turístico luso, como também passou a ter no acumulado dos dez primeiros meses do ano uma evolução negativa no número de dormidas dos seus cidadãos na hotelaria portuguesa. De janeiro a outubro os hotéis lusos tiveram 1,18 milhões de dormidas de brasileiros, menos 0,8% do que no mesmo período do ano passado. O Brasil é o único país em queda no acumulado do ano entre os dez maiores mercados emissores de turistas estrangeiros para Portugal.

Apesar da queda de outubro, o Brasil permaneceu com o estatuto de sexto maior mercado turístico estrangeiro em Portugal e de maior emissor de turistas não europeus para os hotéis lusitanos. O segundo maior mercado emissor de fora da Europa são os Estados Unidos, que geraram de janeiro a outubro quase 856 mil dormidas nos estabelecimentos hoteleiros portugueses.

Nos primeiros dez meses do ano o grande destaque continuam a ser os turistas britânicos, que pagaram 7,6 milhões de diárias nos hotéis portugueses, seguidos dos alemães, com 4,3 milhões de dormidas. Destaque ainda para os turistas espanhóis, que geraram quase 3,3 milhões de dormidas, e para os franceses, com 3,1 milhões.

Em outubro o mercado estrangeiro que mais cresceu nos hotéis lusos foi o espanhol (uma subida de 17,8% face a 2014). Em termos acumulados, de janeiro a outubro, o mercado que mais cresce é o italiano (mais 18,6% de dormidas em Portugal).

De acordo com o INE, em outubro as dormidas de turistas portugueses tiveram um crescimento homólogo de 2,3%, enquanto as dormidas de estrangeiros aumentaram 8,3%.

Quanto à faturação dos hotéis portugueses, os proveitos em outubro cresceram 14,4%, para 228 milhões de euros, e no conjunto do ano (até ao décimo mês) as receitas totais ascenderam a 2,2 mil milhões de euros, mais 13,1% do que em igual período de 2014.

Cairo - O Egito reafirmou, segunda-feira (14), que nenhuma "evidência terrorista" foi encontrada na análise sobre a queda do avião russo Metrojet na região do Sinai, no último dia 31 de outubro, quando 224 pessoas morreram. "O comitê investigativo não encontrou, até agora, nenhum indício que leve a uma ação terrorista", informa u comunicado oficial. Ocomitê continuará a trabalhar nas questões técnicas", informou o presidente da comissão de investigação egípcia, Ayman el-Mokadem. O Ministério da Aviação informou também que um relatório preliminar comprovaria que não há "evidência de um ato criminoso". Em nota, a entidade divulgou que "nada ilegal" foi encontrado.

A versão do Egito contradiz relatórios da Rússia, da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos que sempre afirmaram que o voo foi derrubado por terroristas. O grupo extremista Estado Islâmico (EI) chegou a reivindicar o atentado e divulgou fotos de uma lata de refrigerante utilizada para levar os explosivos.

O porta-voz do Kremlim, Dmitri Peskov, manteve a versão oficial de seu governo e reafirmou que a queda do Metrojet "foi um ato terrorista".

Por causa do incidente aéreo, o turismo para a região balnear de Sharm Al Sheikh ficou muito prejudicado. Segundo um cálculo da Câmara de Turismo, "cerca de 80% das reservas foram canceladas e metade dos hóspedes presentes anteciparam sua volta".

A Rússia, com 3 milhões de visitantes, e a Grã-Bretanha, com um milhão, são as principais nacionalidades que viajam até à região em busca de resorts de alto luxo.

Praia - A União Europeia (UE) vai financiar, com três milhões de euros, seis projetos visando a promoção de turismo sustentável em Cabo Verde.

Para o efeito, a UE assinou um acordo com organizações da sociedade civil e autoridades locais que vão beneficiar os projetos visando a "preservação e melhoria do património social, cultural e ambiental como fator de diversificação e desenvolvimento do turismo sustentável e solidário em  Cabo Verde".

Os projetos serão implementados por organizações não-governamentais (ONG) e associações cabo-verdianas e europeias, em sinergia com câmaras municipais (prefeituras).

Trata-se, designadamente, das câmaras da Brava, do Maio, dos Monteiros, da Ribeira Grande (Santo Antão), de São Filipe, de São Vicente e do Tarrafal, assim como das autoridades locais europeias como a Câmara Municipal de Loures (Portugal), e Veneto (Itália).

Com esta iniciativa, a UE pretende estimular a ligação entre o turismo e os vários setores estratégicos de desenvolvimento do país para a criação de oportunidades concretas, sobretudo, nas ilhas contempladas.

"Pretende-se ainda valorizar a diversidade cabo-verdiana, visando uma oferta turística de qualidade, criando novas dinâmicas de turismo local e respondendo às necessidades das comunidades mais periféricas e vulneráveis do país", sublinha uma fonte da UE. Panapress