Montreal - A Organização Internacional de Aviação Civil (Icao) estima, segundo dados preliminares, que o número total de passageiros em aviões comerciais subiu para 3,5 bilhões em 2015. Isso representa um aumento de 6,4% em relação ao ano passado.

O relatório mostra que o número de partidas chegou a 34 milhões em todo o mundo. O tráfego em termos de quilômetros percorridos por pessoa registrou uma alta de 6,8% neste ano, batendo o recorde de 6% em 2014.

Segundo a Icao, a indústria de aviação é composta por 1,4 mil companhias comerciais, mais de 4,1 mil aeroportos e 173 servidores de navegação aérea. Mais da metade dos 1,1 bilhão de turistas globais são transportados por via aérea e os aviões são responsáveis por 35% do comércio global no setor, em valores.

Em relação aos serviços aéreos domésticos, o mercado cresceu 6,9% em 2015. A América do Norte, que representa 43% do mercado, avançou 4,7% neste ano. A região da Ásia-Pacífico, que tem 39% da fatia do mercado doméstico, registrou uma alta de mais de 10%, principalmente pelo crescimento da Índia e da China.

Já em relação ao progresso de passageiros por quilômetro percorrido, o Oriente Médio registrou a maior alta seguido pela Ásia-Pacífico, América Latina, Europa, América do Norte e África.

O relatório mostra ainda que as companhias aéreas de baixo custo transportaram mais de 950 milhões de passageiros em 2015.

A queda do preço dos combustíveis está sendo vista como uma das razões para o aumento do movimento porque permitiu que as empresas pudessem oferecer passagens mais baratas.

O transporte de carga aérea ainda enfrenta desafios. O setor cresceu apenas 2,2% neste ano em comparação aos 4,9% de 2014. Segundo a Icao, isso é resultado da estagnação econômica global.

O relatório mostra também que os combustíveis representaram quase um terço dos custos operacionais das companhias aéreas no ano passado. Com a queda dos preços em 2015, as empresas devem fechar dezembro com um lucro operacional de US$ 60 bilhões, comparado com os US$ 42 bilhões do ano anterior.

Para 2016, a previsão é otimista com uma queda maior do preço dos combustíveis e uma melhora da economia global. Com isso, o setor pode registrar um alta tanto do tráfego de passageiros como dos lucros.

Bissau - Vinte e cinco jovens da Guiné-Bissau foram  recrutados para assistentes de bordo da companhia aérea marroquina Royal Air Maroc, após seis meses de formação, foi anunciado nesta terça-feira (29).

Os selecionados saíram de um grupo de 200 candidatos que passaram os últimos seis meses por treinos de natação, etiqueta, protocolo numa aeronave comercial e língua francesa.

Os escolhidos, que devem partir em janeiro para a cidade marroquina de Casablanca, onde vão viver, são 15 raparigas e 10 rapazes.

O secretário de Estado guineense dos Transportes e Comunicações, João Bernardo Vieira, enalteceu o facto de serem os primeiros entre os cidadãos de países lusófonos chamados para trabalhar na companhia aérea marroquina.

Em nome dos selecionados, Fatumata Djalo, prometeu que irão dignificar a bandeira da Guiné-Bissau, representando a Royal Air Maroc "com zelo e competência".

A companhia aérea marroquina efetua seis voos semanais ligando Bissau a Lisboa, passando por Casablanca e opera na Guiné-Bissau desde 2012.

Praia - A Alemanha garantiu a Cabo Verde que vai financiar a construção do novo edifício da sede do Parque Natural, na ilha do Fogo, uma vez que a anterior foi destruída na erupção vulcânica de 23 de novembro de 2014.

O financiador  exigiu que o novo edifício seja construído num local fora de Chã das Caldeiras, nas imediações do vulcão, uma vez que a anterior sede, que custou cerca de 120 milhões de escudos cabo-verdianos (cerca de 1,10 milhão de euros), foi consumida pelas lavas, poucos meses depois da sua entrada em funcionamento.

Segundo a ministra cabo-verdiana do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet,
que procedia à entrega de parcelas irrigadas, kits de produção de pecuária e de produção de queijos às famílias desalojadas pela erupção vulcânica, o novo edifício deverá localizar-se em Achada Furna, sitio que vai albergar o novo assentamento humano para os afetados pela erupção vulcânica.

Na ocasião, Eva Ortet revelou ainda que o governo alemão se comprometeu também a financiar a construção da estrada de acesso a Chã das Caldeiras pelo lado norte, entre Monte Velha e Campanas de Cima, um projeto elaborado há mais de 10 anos, no quadro do antigo projeto de preservação dos recursos naturais da ilha do Fogo (PRNF), financiado pela Cooperação Alemã, e que agora vai  mesmo ser executado.

A construção da estrada alternativa a Chã das Caldeiras, que até agora tinha um única via, que foi danificada em grande pelas lavas, deverá custar mais de 600 milhões de escudos (cerca de 5,5 milhões de euros) devido a necessidade de construção de algumas obras de passagem hidráulica em pelo menos três ribeiras de grande dimensão.

Paralelamente a estes dois importantes projetos ligados a Chã das Caldeiras, a parte alemã já fez saber que vai também financiar projetos na área de conservação de solos e água e de desenvolvimento de fruticultura na zona de Montinho, parte alta do município dos Mosteiros, sendo que grande parte é ocupada e trabalhada por famílias de Chã das Caldeiras. Panapress