Brasília - O Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) estima a chegada de mais de 2,4 milhões de turistas estrangeiros para a temporada de verão no país. O número, de acordo com o órgão, representa um crescimento de 11% em relação ao verão passado, quando 2,1 milhões de turistas estrangeiros visitaram o país.

Ainda segundo a Embratur, os números apontam que o período entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017 deve corresponder a um terço do total de visitantes estrangeiros recebidos durante todo o ano de 2015 (6,3 milhões).

A alta atratividade dos destinos de sol e praia, que têm sido divulgados na América Latina, Europa e Estados Unidos, influenciaria o crescimento, segundo a Embratur. Outro motivo apontado pelo órgão é o sucesso dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Por meio de nota, a Embratur voltou a defender que a política de isenção de vistos de turismo adotada no Brasil durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos (de 1º de junho a 18 de setembro de 2016) seja estendida como forma de incrementar o setor e fortalecer a economia.

"A experiência com a medida representou aumento de 55,31% no número de estrangeiros com origem nos países beneficiados – Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália – em relação ao mesmo período de 2015", defende o instituto.

Cálculos do Ministério do Turismo indicam que, caso a isenção se torne permanente, o impacto na economia nacional deverá alcançar US$ 175,2 milhões de dólares ao ano, o equivalente a R$ 600 milhões.

"Tanto o ministro [do Turismo,] Marx Beltrão, quanto o presidente [da Embratur, Vinicius] Lummmertz já levaram a ideia de retomada da isenção para debate com o Ministério das Relações Exteriores e com a Casa Civil. Se a medida for aprovada pelo governo, a tendência é que o novo período de isenção se estenda por dois anos", concluiu. Agência Brasil

Medllín - As autoridades da Aeronáutica Civil da Colômbia confirmaram que o avião que transportava a equipe da Chapecoense para Medellín caiu sem "uma gota de combustível" no morro em Cerro Gordo e que agora serão investigadas as causas do que provocou a pane seca. O acidente matou 71 pessoas e deixou seis feridas.

"Uma das hipóteses que trabalhamos é que [o avião] não contava com combustível e que, por isso, tenha apagado subitamente os motores. Motores são a fonte elétrica. Você pode ter uma turbina adicional, mas se não tinha combustível, vai ter uma pane elétrica", afirmou Fredy Bonilla, secretário de Segurança Aérea da Aeronáutica Civil.

Segundo Bonilla, as normas internacionais exigem que uma aeronave precisa ter combustível suficiente "para chegar ao aeroporto de destino, mais 30 minutos e ainda mais 5 minutos ou 5% da distância, que é o combustível reserva".

Outro ponto ressaltado pelo secretário foi o fato de o piloto, Miguel Luis Quiroga, não ter relatado imediatamente que estava em um situação de emergência e que ele deveria ter alertado antes a Torre de Controle.

Escala para abastecer

O diretor geral da empresa aérea LaMia, Gustavo Vargas, declarou ontem (30) que o piloto deve ter avaliado que o combustível era suficiente para chegar ao seu destino, pois existia a opção de fazer uma pausa em Bogotá para abastecer, que foi descartada.

"Temos alternativas, uma alternativa próxima era Bogotá e se o piloto percebesse uma deficiência de combustível, tinha toda a autoridade para pousar e reabastecer", afirmou, em entrevista ao canal boliviano Unitel.

Vargas afirmou que inicialmente estava previsto o reabastecimento em Cobija, no norte da Bolívia, mas que o plano foi descartado pelo horário. "Infelizmente não pudemos reabastecer em Cobija, que era a ideia inicial, porque como não pudemos voar a partir do Brasil, tivemos que contratar outro avião fretado e ficou tarde, pois Cobija não trabalha à noite", afirmou.

Ao jornal boliviano Página Siete, o diretor da Lamia declarou que  o piloto "toma a decisão de não entrar [em Bogotá] porque pensou que o combustível era suficiente. Trata-se de um piloto com muita experiência, treinado na Suíça". Agência Brasil

Lisboa - As condições de operacionalidade dos voos para a Guiné-Bissau estão garantidas, disse a transportadora aérea portuguesa TAP, que vai recomeçar a rota para o país africano no dia 01 de dezembro.

"A suspensão da rota deveu-se a um incidente que pôs em causa a verificação das condições normais de operacionalidade, e é essa situação que se considera estar ultrapassada", disse o porta-voz da TAP, António Monteiro, citado pela agência Lusa.

Os voos da TAP de e para a Guiné-Bissau estão suspensos desde dezembro de 2013, quando a tripulação de um voo da companhia aérea portuguesa foi coagida pelas autoridades de transição guineenses a transportar 74 passageiros sírios ilegais para Lisboa, o que mereceu fortes críticas da comunidade internacional e levou à suspensão da operação da companhia nesse país.

O reinício das operações "tem a ver com a verificação de condições que levaram à suspensão da rota", vincou o porta-voz da transportadora portuguesa, mas também com a gestão da frota de aviões da TAP.

"Há uma redução global da oferta, por isso há mais disponibilidade da frota e foi também isso que permitiu programar o reinício das operações", que arrancam esta quinta-feira.

"A TAP está muito satisfeita por voltar a operar Bissau, voltando a servir todos os países africanos de língua portuguesa, reforçando a sua presença em África, continente que constitui um dos seus eixos estratégicos", acrescentou.

Os voos vão realizar-se às quintas-feiras e sábados, no sentido Lisboa/Bissau, com partida às 21:50 e chegada às 02:00. No regresso, os voos irão partir de Bissau todas as sextas-feiras e domingos, pelas 02:50, chegando a Lisboa às 06:00.

A TAP deixou de voar para a Guiné-Bissau desde que no dia 10 de dezembro de 2013 uma tripulação da companhia portuguesa foi obrigada a transportar para Lisboa, a partir do aeroporto de Bissau, 74 passageiros nacionais da Síria, mas que viajavam com documentação que se revelou ser falsa.