Lisboa - O governo português assinou, nesta quarta-feira (24), o contrato de venda de 61% do capital social da transportadora aérea TAP ao grupo Gateway, formado pelo investidor norte-americano David Neeleman (49%), dono da brasileira Azul, e pelo português Humberto Pedrosa (51%0, do grupo de transportes rodoviários Barraqueiro.

"O governo fez o que tinha de ser feito, para bem da TAP e para bem da nossa economia, correspondendo a todas as condições estratégicas e económicas", disse o ministro da Economia, Pires de Lima, durante a cerimónia de assinatura do contrato, no Ministério das Finanças, em Lisboa.

O governo português tem afirmado que, nos termos do contrato, o centro estratégico da TAP, da base operacional, das obrigações do serviço público e da proteção dos acordos de empresa e dos trabalhadores serão mantidos pela Gateway.

Segundo o empresário português Humberto Pedrosa, a Gateway é formada por dois sócios com "provas dadas de sucesso e credibilidade". Pedrosa disse ainda que David Nelleman "é a pessoa certa para garantir que a TAP continuará a ser a empresa bandeira" portuguesa, pois ambos partilham "uma visão de crescimento e futuro para a TAP" .

O presidente da TAP, Fernando Pinto, afirmou hoje que se vai manter à frente da empresa durante a "passagem de testemunho" para os novos donos da companhia aérea, o consórcio Gateway.

O atual presidente da TAP, Fernando Pinto, irá permanecer à frente da empresa pelo menos no período de transição, em que será feita uma gestão "praticamente conjunta" com os novos controladores. Após o período de transição, continuar ou não a administrar a companhia "depende de me convidarem e de eu aceitar"

Fernando Pinto disse que aos jornalistas que "não gostaria pura e simplesmente de abandonar o barco" e que "tem a responsabilidade, perante os trabalhadores da TAP, de fazer essa passagem o mais suave, o mais gradual possível".

"Temos um trabalho até ao final do ano para fazer, depois veremos o que vai acontecer", disse aos jornalistas o presidente da companhia aérea, quando questionado sobre o seu futuro na empresa.

A operação de privatização da TAP - que o governo do primeiro-ministro Passos Coelho formalizou hoje, a cerca de três meses das eleições legislativas em Portugal - enfrenta a contestação  da generalidade dos partidos da oposição, dos sindicatos do setor, e de organizações não governamentais. Os termos da venda à Gateway terão ainda de ser aprovados pela Comissão Europeia.

As comissões de trabalhadores da TAP e da Groundforce  - a empresa de serviços de assistência em terra - convocaram para hoje, em Lisboa, um protesto contra a privatização.

Os trabalhadores da TAP denunciam "a falta de transparência e lisura do governo" e a "tentativa de desvalorização" da empresa.

Praia - O voo da Transportadora Aérea de Cabo Verde (TACV) de Praia para Providence, nos Estados Unidos da América, vai continuar e com o aumento do número de frequências, confirmou, na Cidade da Praia, o presidente do conselho de administração da TACV, João Pereira Silva.

A transportadora aérea cabo-verdiana deixou de voar para o aeroporto de Logan, em Boston (EUA), para passar a operar em Theodore Francis Green, em Providence, justificando que esta mudança traz "mais vantagens" para a companhia aérea "e para os cabo-verdianos".

Em declarações à Inforpress, João Pereira Silva disse que, "contrariamente às informações divulgadas", o voo da TACV para o aeroporto Theodore Francis Green, em Providence, "tem tudo para dar certo".

"Há pessoas que dizem que o voo para Providence tem os dias contados, mas, sobre a minha mesa, não está nenhuma proposta e nem informação que leve a pensar isso", esclareceu João Pereira Silva, que afirmou que "há alguma politização" sobre esta matéria.

A empresa tem um contrato com a autoridade aeroportuária de Providence, as autoridades políticas estão implicadas nesse processo por isso a companhia tem que ter tempo para avaliar os resultados desta operação, salientou o presidente da companhia aérea cabo-verdiana.

"Vamos fazer todo o trabalho para alargar o mercado e oferecer o melhor serviço, principalmente para os nossos emigrantes", prometeu o gestor, que disse que a companhia tem que ser gerida com base em critérios comerciais.

De acordo com a companhia aérea, esta mudança de rota, além de combater a sazonalidade, diminui os custos operacionais da empresa.

Segundo João Pereira Silva, as pessoas falam no número de cabo-verdianos que vivem perto de Boston e que agora tem que ir para Providence para justificar que o voo deveria manter-se em Logan.

"Mas pode-se falar também do número de cabo-verdianos que vive à volta de Providence em comunidades mais pequenas, mas que são muitas e que somadas dão mais do que aqueles que estão concentrados perto de Longon", diz João Pereira Silva.

"Fala-se nas limitações da pista do aeroporto de Logan, é verdade, mas temos limitação também no aeroporto da Praia, tanto em levantar voos como também a aterrar", considerou João Pereira Silva, explicando que o peso máximo de aterragem na Praia é limitado devido ao tamanho da pista.

São Paulo - O Museu Afro Brasil recebeu pelo terceiro ano consecutivo o Certificado de Excelência do TripAdvisor, maior site de viagens do mundo. A premiação reconhece os estabelecimentos com as melhores avaliações dos viajantes cadastrados no site. O museu está na lista das 40 atrações mais bem avaliadas entre as 547 localizadas na cidade de São Paulo.

"Ao destacar os estabelecimentos que se concentram em fornecer o melhor serviço aos clientes, nós ajudamos a elevar os padrões do setor ao redor do mundo. Ele também oferece aos estabelecimentos grandes e pequenos a oportunidade de brilhar e de sair na frente dos concorrentes", afirma Marc Charron, presidente do TripAdvisor for Business. 

Dados do Google Analytics referentes ao primeiro trimestre de 2015 revelam que o site tem 340 milhões de visitantes únicos mensais e registra mais de 225 milhões de avaliações.

Para selecionar os premiados com o Certificado de Excelência, o TripAdvisor leva em consideração as pontuações das avaliações. Os estabelecimentos devem manter uma pontuação geral mínima de quatro a cinco círculos, assim como o volume e a recenticidade das avaliações, além de um ranking de popularidade e tempo em atividade do estabelecimento.