A atividade turística em Portugal abrandou em março, mas a afluência de cidadãos brasileiros aos hotéis portugueses não: o turismo brasileiro em Portugal continua em alta

A POUSADA LISBOA, DO GRUPO PESTANA, É UM DOS MAIS RECENTES HOTÉIS DE LUXO NA CAPITAL PORTUGUESA.

O número de dormidas de turistas brasileiros nos hotéis portugueses em março ascendeu a 133 mil, mais 87% do que no mesmo mês do ano passado, de acordo com os últimos números publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Foi o maior crescimento entre os principais mercados emissores de turistas estrangeiros para Portugal.

No conjunto do primeiro trimestre do ano os hotéis portugueses faturaram 394 mil dormidas de cidadãos provenientes do Brasil, um registo 61% superior ao do mesmo período de 2016. Também nesta base de comparação o Brasil teve o maior crescimento entre os principais mercados emissores de turistas estrangeiros para Portugal.

A segunda nacionalidade que mais cresce no turismo em Portugal este ano é a polaca (quase 35% mais dormidas no primeiro trimestre do que em igual período do ano passado), seguida dos norte-americanos (com um crescimento de 28,7% em termos trimestrais).

Brasil é o sexto mercado emissor

Globalmente, o Brasil foi em março o sexto maior mercado emissor de turistas estrangeiros para Portugal, uma posição que vem mantendo há algum tempo.

À frente do Brasil está a procura turística oriunda do Reino Unido (que gerou 561 mil dormidas nos hotéis portugueses em março), Alemanha (475 mil dormidas), Espanha (216 mil), França (211 mil) e Holanda (177 mil dormidas), segundo o INE.

Entre os principais grupos de turistas estrangeiros a nota negativa vai para os espanhóis, cuja procura em Portugal caiu quase 44% em março e 21,5% no total do primeiro trimestre.

Atividade na hotelaria portuguesa abrandou

No total, os hotéis portugueses contabilizaram 1,4 milhões de hóspedes em março, com um crescimento de 0,9% face ao ano passado. Em fevereiro o crescimento em termos homólogos tinha sido de 8,6%). Já o número de dormidas em março baixou 0,2% face a 2016, depois de em fevereiro ter subido 8,2%.

Os dados do INE revelam que as receitas totais dos hotéis portugueses em março subiram 9,9% face ao ano passado (em fevereiro tinham crescido 14,5%). No acumulado do primeiro trimestre as receitas foram de 449 milhões de euros, mais 13,5% do que em 2016.

A taxa média de ocupação ficou em 39,8% em março, 1,6 pontos percentuais abaixo do verificado um ano antes. No conjunto do primeiro trimestre a taxa de ocupação foi de 34,9%, 1,3 pontos acima do que se registou nos primeiros três meses de 2016.

A transportadora aérea angolana TAAG  cancelou vários voos domésticos, depois de um Boeing 737-700 da companhia ter colidido com aves. Este foi o segundo incidente com aviões da transportadora em duas semanas.

O incidente ocorreu na segunda-feira e envolveu a aeronave da companhia que se preparava para aterrar no aeroporto de Catumbela, na província de Benguela, tendo o choque com as aves danificado um dos motores, informa a agência Lusa.

“Saliente-se que este tipo de ocorrências, que raramente afeta significativamente a aeronave, não é incomum. No entanto, isto significa que mais uma aeronave da companhia estará fora de serviço, à semelhança da aeronave que teve o incidente na cidade do Soyo”, segundo a TAAG.

No dia 30 de abril, no aeroporto do Soyo, província do Zaire, outro Boeing 737-700 sofreu danos na fuselagem quando o trem do nariz foi recolhido, em plena pista, após a aterragem.

De acordo com a companhia de bandeira angolana, devido à falta destas duas aeronaves, foram cancelados  voos programados para a cidades de Cabinda e Menongue, e alguns serviços sofreram atrasos.

Os estabelecimentos hoteleiros em Cabo Verde registaram uma taxa de ocupação de 62% no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 4% em relação ao mesmo período ano anterior, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) cabo-verdiano.

Segundo os resultados das estatísticas do Turismo, nos primeiros três meses do ano os hotéis foram os estabelecimentos hoteleiros com maior taxa de ocupação (72%), seguidos pelos aldeamentos turísticos com 49%, hotéis apartamentos com 32% e as pousadas com 25%, informa hoje  a agência Lusa.

A ilha da Boavista foi a que teve maior taxa de ocupação (86%), um aumento de 6%, seguida da ilha do Sal (73%), mais 8%, e de Santo Antão e São Vicente, ambas com 26%, menos 1%.

No primeiro trimestre de 2017, o número de hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros do país aumentou 2,4%, fixando-se nos 195.163 hóspedes, enquanto as dormidas foram de 1.213.345, uma subida de 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em Cabo Verde, segundo os dados do INE, os hotéis continuam a ser os mais procurados, com 84,3% do total das entradas, seguidos pelas residenciais (4,7%) e dos aldeamentos turísticos, com 3,6% das entradas de turistas no arquipélago.

O Reino Unido continuou a ser o principal destino de proveniência de turistas, com 21,8% do total das entradas, e foram os que também permaneceram mais tempo no arquipélago, com uma estadia média de 7,9 noites.

Seguem-se França (13,5%), Alemanha (12,3%) e Países Baixos (11,1).

A ilha do Sal foi a mais procurada, representando 47,9% das entradas nos estabelecimentos hoteleiros cabo-verdianos, seguida da ilha da Boavista, com 28,8% e Santiago com 9,9%.