linhas Paris-Maputo no passado. A história mostra que nada é estático e não é proibido sonhar com uma retomada desses voos, logo que o fluxo de passageiros entre os nossos dois países o justifique”, afirmou Clerc, durante a assinatura de um acordo sobre serviços aéreos entre Moçambique e França.Segundo o diplomata, companhias aéreas que operam em territórios com fortes laços com França estão interessadas em estabelecer voos com Moçambique, informa a agência Lusa.

“Outras companhias francesas tais como a Air Austral, baseada na Ilha Reunião, estão desejosas de efetuar voos de Saint-Denis para Maputo. Espero que o acordo que hoje assinamos permita ajudar na realização desse projeto que poderia inscrever-se na vontade de desenvolver a conectividade aérea na região”, assinalou Bruno Clerc.

O diplomata justificou o interesse do seu país nas ligações áreas com Moçambique com o crescimento que o setor vem conhecendo nos últimos anos, realçando que o tráfego aéreo no país africano aumentou para mais do dobro no decurso dos últimos dez anos, contando hoje com perto de dois milhões de passageiros anualmente no país.

“A política de liberalização levada a cabo pelas autoridades moçambicanas está em parte na origem deste crescimento, com a abertura de novos destinos e de novas frequências”, acrescentou.

Em relação ao acordo hoje assinado em Maputo, o embaixador francês afirmou que o mesmo permitirá às aeronaves dos dois países sobrevoarem os territórios e efetuarem escalas técnicas nos dois países, incluindo a exploração de linhas regulares de passageiros de frete e de correio.

“As autorizações de exploração serão atribuídas em prazos reduzidos e os certificados de navegabilidade tais como as licenças de aptidão serão mutuamente reconhecidas pelas nossas respetivas autoridades”, acrescentou Bruno Clerc.

Por outro lado, prosseguiu, as companhias aéreas dos dois países poderão concluir acordos comerciais entre elas para aliarem-se neste setor muito competitivo.

Clerc enfatizou que o acordo reserva um lugar importante à cooperação em matéria de proteção e segurança aérea, em conformidade com as normas internacionais e europeias.

A ligação aérea Maputo-Paris foi inaugurada em 1982, mas cessou em 2001.

A transportadora nacional moçambicana, LAM, está na lista negra de companhias proibidas de voar para o espaço da UE, devido ao incumprimento de requisitos de segurança.

Lisboa - As receitas da atividade turística em Portugal aumentaram 13% em fevereiro, para 677,5 milhões de euros, face ao mesmo mês de 2016.

De acordo com um comunicado emitido pelo gabinete da secretária de Estado do Turismo, que refere dados do Banco de Portugal divulgados hoje, nos primeiros dois meses de 2017 a receita acumulada foi de 1.362,2 milhões de euros, 15,2% acima do valor registado em igual período de 2016.

Em comparação com fevereiro de 2016, os maiores crescimentos verificaram-se nos mercados brasileiro (+38,8%), italiano (+22,1%), americano e irlandês (+20,3%) e francês (+14,9%).

Em termos absolutos, o mercado do Reino Unido foi o que mais pesou para as receitas no turismo em fevereiro, com 114,9 milhões de euros, seguido de Espanha (111,3 milhões de euros), França (102,5 milhões de euros) e a Alemanha (75,5 milhões de euros).

Considerando o acumulado dos primeiros dois meses do ano, os quatro mercados mais importantes em termos de receitas turísticas foram o Reino Unido, com 215,2 milhões de euros e um crescimento de 11% face ao período homólogo, a França, com 212,3 milhões de euros e um crescimento de 14%, a Espanha, com 202 milhões de euros e uma subida de 10%, e a Alemanha, com 146 milhões de euros e um aumento de quase 13%.

"Estes números vêm confirmar os resultados divulgados a semana passada pelo INE e onde se destaca o número de hóspedes que, pela primeira vez no mês de fevereiro, ultrapassou 1 milhão, um feito assinalável para a época baixa", salienta o comunicado.

Segundo a nota de imprensa, os primeiros dois meses do ano estão em linha com as taxas de crescimento alcançadas em 2016, pois verificou-se um crescimento de 11% nos hóspedes (2 milhões), de 10% nas dormidas (5,1 milhões) e de 16% nos proveitos (260 milhões de euros).

"Em 2017, o crescimento da atividade turística está a fazer-se sentir em todas as regiões, destacando-se, no entanto, a evolução na área metropolitana de Lisboa (16,2%), nos Açores (14,2% e no Alentejo (11,5%)", refere o documento.

O Governo lembra ainda que o mercado interno foi o responsável por 1,5 milhões de dormidas, um crescimento de 3,2%, e o mercado externo representou 3,6 milhões de dormidas, um crescimento de 13,2%.

Maputo - Moçambique e a África do Sul prolongaram de 30 para 90 dias a isenção de visto para nacionais que se desloquem de um para o outro país por motivos pontuais específicos.

Entre as circunstâncias previstas estão visitas de "turismo, de âmbito familiar, consultas médicas, negócios, participação em conferências, seminários, 'workshops', intercâmbios estudantis e desportivos",disse Cira Fernandes, porta-voz do Serviço Nacional de Migração (Senami).

"Os cidadãos que se desloquem para fixação de residência ou trabalho já não são abrangidos por esta prerrogativa e devem observar as exigências legais", acrescentou.

A medida surge ao abrigo do acordo de isenção de vistos que vigora desde 2005 entre os dois países.

A permanência legal passa a ser permitida por três meses, sendo o prazo controlado a partir da data do carimbo de entrada no posto de fronteira do respetivo país, acrescentou a porta-voz. Lusa