Lisboa - O turismo brasileiro em Portugal teve em novembro mais um mês negativo, com os cidadãos brasileiros a realizar 69 mil dormidas nos hotéis portugueses, menos 19% do que em novembro de 2014, de acordo com os mais recentes números do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O registo de novembro foi o mais baixo de todo o ano 2015 (os dados de dezembro não estão ainda publicados) e fica também 51% abaixo do número de dormidas que os turistas brasileiros geraram em Portugal em outubro.

Segundo as estatísticas do INE, desde fevereiro de 2014 que os hotéis portugueses não recebiam um número tão reduzido de turistas brasileiros. Nesse mês o Brasil gerou cerca de 54 mil dormidas nos estabelecimentos hoteleiros portugueses.

A queda de 19% (face a novembro de 2014) foi também a maior descida na procura dos hotéis lusos pelos turistas estrangeiros entre os dez maiores mercados emissores, superando largamente o recuo de 3,1% das dormidas de cidadãos franceses nos hotéis portugueses. De resto, todos os principais mercados emissores de turistas estrangeiros apresentaram crescimento em novembro.

Em termos acumulados, os hotéis portugueses nos primeiros onze meses de 2015 tiveram uma descida de 2% na procura por parte dos turistas brasileiros. Na contagem desde o início do ano o Brasil é mesmo o único mercado internacional em queda no número de dormidas faturadas pelos hotéis portugueses.

Globalmente, o turismo estrangeiro em Portugal em novembro cresceu 7,4%, para 1,7 milhões de dormidas, e de janeiro a novembro teve uma subida face a 2014 de 7,1%, para 33 milhões de dormidas. Já o turismo doméstico cresceu 10,8% em novembro e 5,1% no acumulado do ano.

Os dados do INE mostram ainda que os hotéis portugueses contabilizaram em novembro receitas de 125 milhões de euros, mais 11,9% do que em igual período de 2014. Em termos acumulados, de janeiro a novembro a faturação da hotelaria lusa aumentou 13,6%, para 2,36 mil milhões de euros.

Maputo - A companhia aérea Fly Africa, de capitais neozelandeses, deverá começar a operar em breve em Moçambique, de acordo com o Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM).

Segundo a autoridade aeronáutica moçambicana, a Fly Africa já cumpriu quatro das cinco fases de avaliação da sua aptidão para operar em Moçambique, faltando apenas a última etapa, que tem a ver com a demonstração da sua capacidade operativa e com as infraestruturas que a companhia vai usar em Moçambique, informa a agência portuguesa Lusa.

"Se tudo correr bem, penso que dentro de três meses teremos a Fly Africa a voar nas rotas domésticas em Moçambique, tudo está do lado da companhia", afirmou o presidente do IACM.

João de Abreu adiantou que a transportadora vai operar com aviões Boeing 737-300 e 737-500 e o primeiro aparelho que a companhia vai usar já foi inspecionado e aprovado pelas autoridades aeronáuticas moçambicanas.

A Fly Africa terá a sua sede na cidade da Beira, capital da província de Sofala, e ainda vai indicar as rotas que pretende operar, que irão incluir capitais provinciais.

"Numa fase posterior, a empresa pretende fazer ligações entre o país e alguns países da África Austral", adiantou Abreu.

O presidente do IACM adiantou ainda que uma outra companhia aérea, a MAIS, de capitais moçambicanos e portugueses, está em processo de licenciamento para operar no mercado doméstico moçambicano, estando a cumprir a terceira fase de avaliação.

A entrada em Moçambique da Fly Africa e da MAIS vai acabar com o monopólio da companhia de bandeira Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) no mercado doméstico, acusada pelos utentes de abusar da sua posição para praticar preços exorbitantes.

De acordo com João de Abreu, no ano passado, quatro transportadoras que operam com helicópteros entraram em atividade em Moçambique, voando para alguns destinos dentro do país, elevado para seis as transportadoras com este tipo de aparelhos.

A TAP apresentou esta quinta-feira o seu plano de modernização da frota e revelou que irá substituir a marca Portugália PGA Airlines pela nova marca TAP Express.

"Até julho, vamos receber oito novos aviões ATR72 e nove Embraer 190, que nos vão permitir aumentar os níveis de conforto e eficiência da nossa frota. Com esta nova frota teremos ainda um crescimento de 47% dos lugares oferecidos e uma poupança significativa dos consumos combustível, com a consequente vantagem para o meio ambiente", comentou o presidente executivo da TAP, Fernando Pinto.

A TAP anunciou ainda a criação de uma "ponte aérea", que vai unir o Porto a Lisboa com um total de 16 ligações diárias em ambos os sentidos, que, segundo Fernando Pinto, "permitem um melhor serviço nas ligações ponto-a-ponto e muito melhores condições na ligação otimizada à operação do hub de Lisboa com fácil acesso a toda a rede de destinos da TAP".

"A "ponte aérea" vai oferecer preços muito competitivos nas viagens entre o Porto e Lisboa e um produto inovador, com check-in e portas de embarque dedicada e embarque rápido e simples", informou ainda Fernando Pinto.

O presidente executivo da TAP revelou também que a partir de 27 de março a companhia aérea portuguesa aumentará o número de voos semanais para destinos para os quais  já voa na Europa, Brasil, Estados Unidos e África.

"Estou seguro de que a TAP vive dias históricos, agora que dispõe da capacidade de investimento que nos permite desenvolver uma companhia cada vez mais moderna e competitiva, atenta às necessidades dos seus clientes e fortemente comprometida em servir os mercados onde opera", comentou Fernando Pinto.

Os investimentos em curso na TAP incluem a encomenda de 53 novos aviões, 60 milhões de euros na modernização dos interiores da atual frota e 2 milhões numa nova plataforma digital de reservas, além da renovação da frota PGA e da criação da marca TAP Express.