Maputo - A companhia aérea Fly Africa, de capitais neozelandeses, deverá começar a operar em breve em Moçambique, de acordo com o Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM).
Segundo a autoridade aeronáutica moçambicana, a Fly Africa já cumpriu quatro das cinco fases de avaliação da sua aptidão para operar em Moçambique, faltando apenas a última etapa, que tem a ver com a demonstração da sua capacidade operativa e com as infraestruturas que a companhia vai usar em Moçambique, informa a agência portuguesa Lusa.
"Se tudo correr bem, penso que dentro de três meses teremos a Fly Africa a voar nas rotas domésticas em Moçambique, tudo está do lado da companhia", afirmou o presidente do IACM.
João de Abreu adiantou que a transportadora vai operar com aviões Boeing 737-300 e 737-500 e o primeiro aparelho que a companhia vai usar já foi inspecionado e aprovado pelas autoridades aeronáuticas moçambicanas.
A Fly Africa terá a sua sede na cidade da Beira, capital da província de Sofala, e ainda vai indicar as rotas que pretende operar, que irão incluir capitais provinciais.
"Numa fase posterior, a empresa pretende fazer ligações entre o país e alguns países da África Austral", adiantou Abreu.
O presidente do IACM adiantou ainda que uma outra companhia aérea, a MAIS, de capitais moçambicanos e portugueses, está em processo de licenciamento para operar no mercado doméstico moçambicano, estando a cumprir a terceira fase de avaliação.
A entrada em Moçambique da Fly Africa e da MAIS vai acabar com o monopólio da companhia de bandeira Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) no mercado doméstico, acusada pelos utentes de abusar da sua posição para praticar preços exorbitantes.
De acordo com João de Abreu, no ano passado, quatro transportadoras que operam com helicópteros entraram em atividade em Moçambique, voando para alguns destinos dentro do país, elevado para seis as transportadoras com este tipo de aparelhos.