Praia - A ministra cabo-verdiana do Turismo, Indústria e Desenvolvimento Empresarial, Leonesa Fortes,  quer que Cabo Verde seja retirado da lista dos países afetados pela epidemia do Zika, uma vez que "os dados mostram" que o arquipélago não está a padecer de nenhuma epidemia e nem enfrenta nenhuma situação que possa suscitar cuidados especiais da parte daqueles que visitam o arquipélago.

A governante que tutela o setor do turismo em Cabo Verde manifestou a sua preocupação perante o facto de que a informação de que Cabo Verde está a ser afetado pelo Zika "já está a ser espalhada como rastilho de pólvora no mercado turístico internacional", com agências a tomarem medidas de devolver as passagens aos clientes que já tinham comprado bilhete de férias para o arquipélago.

Leonesa Fortes admite ser natural que haja "uma atenção a ter sempre em relação aos cuidados" para evitar a propagação da doença, mas ela recordou que "os casos verificados não se registaram em todo o país", mas sim em "algumas ilhas especificas", sendo que nas ilhas que recebem maior número de turístas, casos do Sal e da Boa Vista, praticamente não foi registado nenhum caso.

Leonesa Fortes precisou que mesmo nas ilhas afetadas os casos têm vindo a diminuir.

Por isso, assegurou que Cabo Verde está a envidar esforços para ser "retirado" da lista,  divulgada pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, porque "não estamos a viver nenhuma situação de crise a este nível para que sejamos colocados nesta lista".

A governante admite que, se houver necessidade, o Governo vai emitir um comunicado para tranquilizar as pessoas, as entidades e os outros países, de modo a precaver o que aconteceu com a má publicidade feita em relação à epidemia do Ébola na África Ocidental que acabou por afetar o fluxo turístico para Cabo Verde.

"É preciso fazer chegar a mensagem lá fora de que não constitui perigo vir para o nosso país", sublinhou.

Loenesa Fortes disse ainda que o Ministério da Saúde está a trabalhar, em articulação com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e autoridades de outros países, nomeadamente dos Estados Unidos, no sentido de Cabo Verde ser retirado da lista de países que os turistas devem evitar visitar por causa do vírus Zika.

Madrid - A Organização Mundial do Turismo (OMT) divulgou nota aconselhando os turistas a obter informações das autoridades de saúde antes de uma viagem para regiões atingidas pelo vírus Zika.

Nas Américas, o Brasil e mais 22 países e territórios da região registraram milhares de casos da doença.

A agência da ONU disse que está monitorando de perto a situação e em contado direto com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a OMT, de acordo com as evidências atuais, a OMS não está recomendando qualquer restrição de viagens ou de comércio por causa do vírus Zika e ainda é muito cedo para avaliar um impacto da doença sobre o setor de turismo.

Mas a Organização Mundial do Turismo deixou claro que é importante assegurar a transmissão de informação rápida e transparente sobre o vírus Zika para os viajantes.

Segundo a OMT, isso servirá como medida de precaução e também vai evitar qualquer tipo de interpretação errada sobre a situação.

Praia - A bruma seca que está a fustigar Cabo Verde desde segunda-feira afetou 10 voos inter-ilhas da transportadora cabo-verdiana (TACV) programados para a manhã de quarta-feira (27).

Ainda por causa da bruma seca, 30 turistas que pretendiam viajar na companhia privada Cabo Verde Express para conhecer as ilhas da Boa Vista e do Fogo  ficaram retidos no Aeroporto Amílcar Cabral, na Ilha do Sal.

Também um avião charter da companhia Thomson Airways, que seguia do aeroporto de Birmingham, na Grã-Bretanha, com destino a Boa Vista foi desviado para o aeroporto do Porto Santo, na Madeira. Inforpress