Praia - A Binter Canárias, companhia aérea do arqupélago espanhol das Canárias, vai abrir na cidade da Praia, nesta quarta-feira, uma sucursal. A Binter irá iniciar em outubro ligações aéreas regulares entre as Ilhas Canárias e Cabo Verde.
De acordo com fonte da transportadora, na sede da Binter Cabo Verde funcionará toda a parte administrativa, financeira e comercial e o futuro call center que será implementado para assistência aos clientes.
"Nesta primeira fase contamos ter cerca de 60 colaboradores, entre pessoal administrativo, comercial, financeiro, comissários, pilotos, pessoal de operações e manutenção", disse Marina Ferreira, da sucursal cabo-verdiana da Binter Canárias.
A empresa pretende também montar uma unidade de manutenção em linha dos aviões ATR que irão operar em Cabo Verde com técnicos das Canárias numa primeira fase, mas a ideia é de, posteriormente, recrutar técnicos cabo-verdianos em função da programação dos voos e das rotas.
Ainda este ano, a companhia vai trazer para Cabo Verde dois aviões e, no próximo ano, chegará uma terceira aeronave, para ligar, primeiramente, as ilhas de Santiago, São Vicente e Sal.
A intenção da Binter, que já garante rotas internacionais de e para Cabo Verde, é levar a experiência das Canárias para o arquipélago que tem características semelhantes às ilhas espanholas.
A responsável pela Comunicação, Imagem e Gestão Aeronáutica Integral da Binter Canária, Noelia Curbelo Caro Jefa, explicou aos jornalistas que a ideia principal é investir em aviões que possam garantir voos de "qualidade e pontualidade por excelência".
Consciente que Cabo Verde é um mercado arriscado, Noelia Curbelo garante que o investimento é baseado num estudo de mercado sério e que o interesse fundamental da companhia é poder colmatar a lacuna existente neste setor, visto que se trata de um país fragmentado que precisa unir-se visando melhorar o seu desenvolvimento.
A empresa assume ser também sua intenção fazer concorrência à transportadora cabo-verdiana, TACV, a única que até agora assegura ligações regulares entre as ilhas de Cabo Verde.
Ela assegura que não irá praticar preços abaixo do custo de mercado porque "as rotas têm de ser rentáveis", mas promete que existirão várias ofertas competitivas "consoante os dias e as horas do voo".