Praia - A epidemia de ébola que surgiu no ano passado em três países da África Ocidental (Guiné Conakry, Serra Leoa e Libéria) levou ao cancelamento da escala de navios cruzeiros no Porto da Praia, em Cabo Verde.
Em declarações à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), o administrador delegado do Porto da Praia, Alcídio Nascimento Lopes, revelou que em 2014 o porto recebeu 32 cruzeiros, menos sete do que no ano anterior, enquanto o número dos turistas baixou para 26.186, menos 399 visitantes do que em 2013.
"Este decréscimo nada tem a ver com a qualidade de prestação de serviço", disse Alcídio Nascimento Lopes, esclarecendo que ele foi motivado essencialmente pelo desvio da rota dos navios de uma companhia de cruzeiro que aportava na Praia.
No entanto, o administrador do Porto da Praia afrimou que "as perspetivas para 2015 são animadoras," garantido que "neste momento o Porto da Praia tem condições adequadas para receber os maiores cruzeiros do mundo".
"O que precisamos é vender o produto Cabo Verde e vender bem e isso caberá às outras entidades", salientou, defendendo ainda a necessidade de a ilha de Santiago, onde se situa o Porto da Praia, ter mais pontos de interesse turísticos preparados para vender aos visitantes.
Alcídio Lopes sublinhou que, até agora, os navios que aportam em Cabo Verde, normalmente, têm um roteiro para a Cidade Velha (Património Mundial da Humanidade), "mas gostaríamos que tivéssemos mais pontos turísticos na cidade da Praia ou no interior de Santiago".
A preparação dos guias, "apesar de se ter aumentado a qualidade nesta área", a questão da acessibilidade ao Porto da Praia, transportes adequados em termos de qualidade e quantidade são outros aspetos apontados pelo administrador portuário, visando a melhoria da prestação do serviço aos turistas que aportam a capital cabo-verdiana. Com informações da Panapress.