Maputo - O fluxo migratório nas fronteiras moçambicanas caiu 17,4 por cento para 365.239 viajantes nas vésperas e a seguir ao Natal, devido à crise financeira que se vive em Moçambique, indicou o Serviço Nacional de Migração (Senami).
Falando em conferência de imprensa, a responsável pelo Gabinete de Comunicação e Imagem no Ssenami, Cira Fernandes, afirmou que, no mesmo período do ano passado, entre os dias 18 e 28 de dezembro, transitaram pelas fronteiras nacionais 429.109 viajantes, um número bastante superior ao registado este ano, informa a agência Lusa.
Fernandes apontou a crise económica e financeira em Moçambique, em particular, e na África Austral, no geral, como a causa da redução do movimento fronteiriço durante a quadra natalícia.
"Nós acreditamos que a razão [da queda] esteja ligada à questão da crise financeira e isso limita as pessoas no seu poder de compra e nas suas movimentações", justificou.
De acordo com o Senami, a província de Maputo, sul do país, registou o maior fluxo de viajantes, cerca de 80%, seguida de Tete, 08%, e Manica, 03%, ambas no centro.
Por nacionalidades, adiantou Cira Fernandes, os moçambicanos são os que mais transitaram pelas fronteiras nacionais, seguidos pelos sul-africanos e malawianos e, por fim, zimbabweanos.
Moçambique enfrenta uma crise económica e financeira, caracterizado por um acentuado declínio do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), desvalorização da moeda nacional e subida galopante da inflação, além dos efeitos da guerra no centro do país e das catástrofes naturais.