Genebra - As companhias aéreas de todo o mundo deverão ter lucros de 35,6 bilhões (mil milhões) de dólares este ano, recuando para 29,8 bilhões de dólares em 2017, segundo as estimativas da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).
Segundo dados da Iata, divulgados nesta quinta-feira (8) em Genebra, a estimativa de lucros para este ano foi ligeiramente revista em baixa face à previsão de 39,4 mil milhões, feita em junho, devido ao abrandamento do crescimento económico mundial e ao aumento dos custos, mas representa, ainda assim, "o maior lucro absoluto gerado pela indústria aeronáutica".
Para o diretor-geral da IATA, as "difíceis condições" do próximo ano, nomeadamente a previsível subida do preço do petróleo, deverão fazer abrandar os lucros, mas o valor perto dos 30 mil milhões de dólares representa uma "aterragem suave e segura em território proveitoso".
A IATA antecipa que o preço médio do barril de petróleo aumente dos 44,6 dólares de média este ano, para 55 dólares no próximo ano, o que fará subir o preço do combustível dos aviões de 52,1 dólares por barril para 64,9 dólares no próximo ano.
Os combustíveis vão representar 18,7% dos custos estruturais desta indústria em 2017, o que é "significativamente abaixo" dos 33,2% que valiam em 2012 e 2013, antes da descida acentuada que se verificou a partir do verão de 2014.
Os últimos três anos têm sido os mais lucrativos para a indústria do transporte aéreo, lembra Alexandre de Juniac, salientando os riscos políticos, económicos e de segurança, e a "constante batalha pelo controlo dos custos numa indústria hipercompetitiva".
A confirmar-se a previsão de lucros na ordem dos 30 mil milhões no próximo ano, 2017 vai marcar o oitavo ano seguido de lucros nesta indústria, "ilustrando a resiliência aos choques que têm sido acomodados pela estrutura deste setor".