Genebra - A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou, nesta terça-feira (09), que  as mulheres  grávidas não viajem para zonas com surtos do vírus Zika, sublinhando que esta advertência surge num contexto de provas cada vez mais conclusivas de que o Zika provoca malformações fetais.

O Brasil, na América Latina, é um dos países mais atingidos pelo vírus, transmitido pelo mosquito aedes aegypti, e que se está a propagar rapidamente para outrras regiões. 

"As mulheres grávidas devem ser aconselhadas a não viajar para zonas onde há focos do vírus Zika", indicou a agência da ONU num comunicado emitido no final de uma reunião de dois dias, na sede da organização em Genebra, que debateu a propagação do vírus e os meios para o combater.

 A directora-geral da OMS, Margaret Chan, pediu aos países para adoptarem "fortes medidas de saúde pública" para travar o avanço do Zika, sem esperar que se comprove cientificamente a relação entre o vírus e malformações congênitas.

Segundo a responsável, multiplicaram-se recentemente "informações alarmantes" que reforçam a suspeita de relação entre o Zika e os casos de microcefalia em recém-nascidos e doenças neurológicas em adultos.